Investing.com – O varejo brasileiro, principalmente marcas voltadas ao público de renda média e baixa, vem enfrentando desafios nos últimos anos – e não é diferente para a C&A (BVMF:CEAB3). Ainda que a companhia venha apresentando sinais mais favoráveis, as perspectivas macroeconômicas ainda difíceis devem ser um entrave e limitam a alta nos papéis. Essa é a visão do banco BTG (BVMF:BPAC11), que divulgou relatório aos clientes e ao mercado sobre o tema nesta quinta-feira, 11.
O banco elogiou os investimentos estratégicos em cadeia de suprimentos, assim como as estratégias para diminuir os custos. No entanto, pondera que tanto a companhia quanto outras varejistas com exposição semelhante “enfrentarão impactos macro na renda disponível dos consumidores, menos poder de precificação versus varejistas mais expostos a consumidores sofisticados, riscos na plataforma de financiamento ao consumidor em meio a um cenário de altas taxas de juros (e inadimplência), e exposição à fashiontronics (com desempenho inferior em trimestres anteriores).
Após reunião com executivos da varejista, foram enfatizadas ações para elevar a produtividade e as vendas, com ganhos de maket share fora do eixo Rio-São Paulo. Apesar do foco na operação de financiamento ao consumo, a abordagem tende a ser conservadora, de olho na alavancagem.
Além disso, a empresa vem focando em inteligência de clientes e de mercado para incrementos produtivos, com melhorias na gestão de “distribuição e reposição de produtos, preços, modelos de previsão de demanda e sistemas de inventário integrados”, completa.
Assim, o banco mantém recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$7. Às 11h54 (de Brasília), as ações subiam 1,71%, a R$7,75.