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Casas Bahia se reorganiza em meio à forte queda das ações

Publicado 22.09.2023, 05:21
© Reuters.  Casas Bahia se reorganiza em meio à forte queda das ações
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Desde quarta-feira, o Grupo Casas Bahia negocia suas ações na Bolsa sob um novo ticker (código) - o BHIA3. A troca marca o início de uma nova fase, com o resgate da marca da rede de lojas mais conhecida do grupo e a adoção de um plano para trazer mais de R$ 3 bilhões em novas receitas, envolvendo ainda venda de ativos e corte de custos.

Há dois anos, a Via Varejo (BVMF:BHIA3) (com ticker VVAR3) já havia sido renomeada como Via (VIIA3) para indicar que rumava para além do negócio de varejo. Agora, ela retorna às origens com a retomada do nome Casas Bahia. O que implica a recuperação de slogans, posicionamentos de mercado, identidade visual e até do antigo garoto-propaganda do grupo.

A mudança de rota se dá ainda em um momento de turbulência nos preços das ações, abaladas pela visão negativa do mercado em relação ao endividamento do grupo e à sua capacidade de operar de forma saudável financeiramente. Em agosto de 2020, na pandemia, ainda sob a marca Via Varejo, as ações do grupo - que reúne as redes Casas Bahia, Ponto Frio e Bartira - chegaram a ser cotadas acima dos R$ 20,85.

Centavos

Nesta quinta, 21, a ação da companhia encerrou o pregão negociada em torno de R$ 0,74, transformando o papel, um dos com mais operações na Bolsa, em uma "penny stock" - quando a ação é negociada na casa de centavos. A perda de mais de 96% consumiu R$ 32 bilhões em valor de mercado da empresa desde então - ou o equivalente a uma Cemig (BVMF:CMIG4).

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A queda se acentuou no último mês, quando as ações caíram cerca de 60%, sobretudo após o follow on (nova emissão de ações) realizado no dia 14. O grupo buscava levantar R$ 1,1 bilhão, mas conseguiu só R$ 623 milhões, com desconto de 28%.

Ainda para piorar, na véspera da operação a dívida da empresa foi rebaixada pela agência Standard & Poor's, levando ao temor de que os detentores de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do grupo pedissem o resgate antecipado dos títulos.

Nesse cenário, a atenção do CEO, Renato Franklin, no cargo desde abril, vindo da locadora de veículos Movida (BVMF:MOVI3), se volta agora para tentar tranquilizar o mercado. Ele insiste que a dívida da empresa não é preocupante, apesar do cenário de juros altos e crédito escasso depois do caso da Americanas (BVMF:AMER3). Nega também que a empresa esteja rumando a uma recuperação judicial. "Há uma percepção equivocada de risco da companhia", diz ele.

Endividamento

A dívida bruta do grupo registrada no balanço do segundo trimestre foi de R$ 3,7 bilhões, com um adicional de R$ 1,5 bilhão em "risco sacado", que são empréstimos bancários que antecipam recebíveis a serem pagos aos fornecedores da varejista - e que estão no centro da crise da Americanas. Além disso, a empresa registrou em junho empréstimos de R$ 8,7 bilhões.

Esses números podem parecer preocupantes diante de um caixa de R$ 2,7 bilhões e dos seguidos prejuízos. No segundo trimestre, o grupo teve R$ 492 milhões de prejuízo.

Mas há alguns atenuantes. Das dívidas, só R$ 1,8 bilhão vence até 2024, e R$ 1,2 bilhão já está sendo renegociado com os bancos. E a percepção no mercado é de que os bancos devem facilitar as negociações, já que seguem em conversas duras para diminuir as perdas com a Americanas e, nesse cenário, não querem outro grande problema.

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Além disso, o CEO observa que R$ 5 bilhões dos R$ 8,7 bilhões em empréstimos estão assegurados por receitas futuras da empresa. Uma pessoa próxima à operação diz que "para cada R$ 1 disso, existe outro R$ 1 quase garantido que a empresa tem a receber". Ela afirma ainda que, historicamente, a inadimplência do crediário da Casas Bahia é baixa. "A nossa perda líquida é de menos de 5%. A Casas Bahia sempre soube dar crédito", diz Franklin.

Nova fase traz de volta o garoto-propaganda

A reformulação da marca Casas Bahia deve ser a vitrine de um plano de R$ 3 bilhões que a empresa quer colocar em prática para contornar seu endividamento. A estratégia está dividida em três frentes de cerca de R$ 1 bilhão cada uma, envolvendo novas receitas e corte de custos, venda de ativos e diminuição de estoques, segundo o CEO da empresa, Renato Franklin.

A companhia volta a utilizar o slogan "Dedicação total a você" em suas campanhas publicitárias, e até já tem novos anúncios com o ator Fabiano Augusto, o garoto-propaganda que ficou conhecido por centenas de filmes da rede em que repetia o bordão "Quer pagar quanto?".

Para a mudança na comunicação, a empresa deixou - em troca de contratos de menor custo - um relacionamento de anos com a agência de publicidade VMLY&R. A conta era renovada desde 2002. Na época, o acordo era com o grupo Newcomm, do empresário Roberto Justus, que depois foi integrado à agência global Young & Rubicam. Agora, o prestador de serviços será o Grupo Dreamers, de Roberto Medina, anteriormente chamado Artplan.

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As ações na internet e na TV deverão ser mais focadas, com anúncios regionais, evitando pagar pela veiculação nacional. A meta: economizar R$ 200 milhões por ano em comunicação. A empresa pretende rentabilizar as vitrines e criar quiosques de vendas, patrocinados por fornecedores, nas suas lojas. Até mesmo promoções no site serão pagas por indústrias interessadas em aumentar a exposição de suas marcas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Eu acho que já era , tanto para a Via como a Magazine luiza .Por causa da Pandemia e da concorrencia chinesa ,   só sobrou como opção vender  móveis e alguns eletrodomésticos da linha branca . Como vão conseguir se reerguer com esse modelo de negócios ?
empresas aqui trabalham super alavancada .juros rapidamente de 2 por cento á 13 ,com contratos sendo renegociados e dívidas indo á lua,junte se lutando contra adversários q tem mais tecnologia e ,pasmém ,enfrentando um país q fode as daqui e ajuda as de fora.país lixo.
Magalu a unica que salva
Casas Bahia vai atravessar a crise
A MagaLula tbm tá derretendo
magaLula e Bahia fazendo o L forte
Varejo todo esta mal. Se vai escolher acao desse setor não tem UM motivo pra escolher Casas bahia ou americanas. Zero. Quem gosta disso deve ser investidor da Oi.
Ninguém mais acredita na empresa. Está igual a Americanas, se apoiando em barrancos ruídos. Os grandes so vão entrar se der lucro após as mudanças no próximo balanço. Se vier mais prejuízo, pode pedir RJ. Tem que ser muito emocionado pra entrar comprando essa ação ou ter uma noticia extraordinária como por exemplo Amazon vai compras a rede pra fazer PICK UPs em diversas áreas do pais utilizando os pontos da VIA.
Impossível virar para lucro ja bo próximo balanço com os juros na lua ainda !! Mgalu esta na mesma situacao e nao esta apanhando tanto do mercado por qual motivo ?
Ja era
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