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Cautela externa e Copom 'duro' fazem Ibovespa cair a 106 mil pontos após 5 altas

Publicado 09.12.2021, 08:15
Atualizado 09.12.2021, 11:40
© Reuters Cautela externa e Copom 'duro' fazem Ibovespa cair a 106 mil pontos após 5 altas

Cautela externa e sinais de continuidade de aperto monetário no Brasil, apesar da atividade fraca, podem condicionar o Ibovespa a devolver parte dos ganhos recentes, que vêm de cinco pregões seguidos. Incertezas sobre os efeitos da variante de coronavírus Ômicron deixam investidores na defensiva, depois que o Reino Unido impôs novas restrições à mobilidade na Inglaterra, o que pode levar outros países a fazerem o mesmo. A tendência é que este movimento cauteloso prejudique o desempenho dos papéis relacionados ao turismo na B3 (SA:B3SA3), enquanto os de varejo sofram após o tom conservador do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera.

"É natural realizar um pouco após cinco pregões seguidos de alta", avalia Antonio Carlos Pedrolin, Líder de Mesa de Renda Variável da Blue3. "É importante destacar a curva de juros reagindo ao Copom subiu a Selic ontem", completa.

Nesta quinta-feira, nem mesmo as commodities ajudam a motivar alta do Ibovespa. Em meio às dúvidas sobre demanda, o petróleo cai na faixa de 0,60% no exterior, enquanto o minério de ferro no porto chinês de Qingdao fechou em baixa de 2,55%, cotado a US$ 108,53 a tonelada. Já os futuros cederam 3,2%, após recuperação anterior, puxada pelo apoio de medidas da China, particularmente para seus incorporadores imobiliários. Entretanto, hoje o temor em relação à saúde do setor chinês volta a gerar cautela, diante da dificuldade da Evergrande e da Kaisa de honrarem compromissos financeiros.

As bolsas europeias e os índices futuros de ações dos Estados Unidos têm quedas moderadas. Neste ambiente e mais a avaliação de um discurso duro do Copom, o Ibovespa cede, após subir 0,50%, retomando os 108 mil pontos (108.095,53 pontos).

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"O Ibovespa cai muito em função do comunicado mais duro do Copom do que o mercado esperava, com indicação de mais uma alta de 1,50 ponto porcentual na Selic em fevereiro e outra de 1 ponto em março", avalia Cássio Bambirra, sócio da One Investimentos. "O próprio Copom deve perseguir a inflação mais ferozmente, tentando controlá-la. Isso traz mais credibilidade para o Comitê."

Conforme Pedrolin, ao mesmo tempo em que se pode avaliar que altas da Selic tendem a beneficiar o setor financeiro, também podem ser vistas como desfavoráveis. "Com alta, os bancos conseguem repassar aumento no spread, mas também abrem-se dúvidas: será que com a atividade fraca as pessoas recorrerão ao crédito e será que este crédito será saudável", questiona.

Às 10h55, o Ibovespa caía 1,29%, na mínima, aos 106.699,92 pontos. Entre os bancos, o recuo máximo era de 1,81% (Unit de Santander (SA:SANB11)), enquanto na seara de ações ligadas a commodities a queda girava também em torno de 1%. Porém, a liderança das maiores perdas eram Braskem (SA:BRKM5) PNA (-5,09%), além de ações de empresas mais sensíveis à política monetária, como Lojas Americanas (SA:LAME4) PN (-4,80%).

Em suma, afirma a MCM Consultores, o Banco Central adotou uma mensagem ainda mais dura. "Entretanto, reconhece que a inflação ficará acima da meta em 2022 e, assim, buscará um alongamento do prazo de convergência da inflação para as metas", cita. A consultoria mantém avaliação de que a Selic será elevada a 11,75% ao ano até o final do primeiro trimestre de 2022. Este nível de juros, explica, parece compatível com condições monetárias em 'terreno significativamente contracionista', conforme menciona o Copom no documento divulgado ontem.

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LEIA MAIS: Em linha com expectativas, Copom anuncia alta de 1,5 p.p. na Selic, para 9,25%

Contudo, em vista do cenário atual, a Nova Futura acredita que há uma assimetria significativa de o Copom ter de cortar a taxa Selic na segunda metade de 2022, devido ao cenário ruim de atividade e, principalmente, se a taxa de câmbio ceder, em meio a perspectivas otimistas com a agenda econômica do próximo governo.

Na seara corporativa, devem ficar no radar do investidor as ações de bancos digitais após o IPO do Nu Holdings (Nubank) (NYSE:NU)  (SA:NUBR33)em Nova York. O Nubank precificou suas ações a US$ 9,00 na abertura no IPO em Nova York. O papel saiu no topo da faixa indicativa, que ia de US$ 8,00 a US$ 9,00, conforme antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A fintech chega ao mercado valendo US$ 41,4 bilhões e é o banco mais valioso da América Latina. "Isso tende a motivar alguns bancos digitais a irem ara um processo de digitalização, vendo valuation agressivo", avalia Bambirra.

Além disso, ficam no centro das atenções os papéis da Petrobras (SA:PETR4) e da Braskem  (SA:BRKM5). O processo para seleção dos bancos que participarão da oferta de ações da Braskem em Bolsa foi iniciado. Petrobras (SA:PETR4) caia 1,70% (PN) e 1,48% (ON), enquanto Vale ON (SA:VALE3) perdia 0,79%.

Últimos comentários

O principal problema do Brasil são os politicos corruptos , que legislam em causa própria. Essa "PEC dos Precatórios" é mais uma vergonha nacional. Pura fraude no teto dos gastos públicos, para favorecimento de emendas parlamentares e políticas populistas !
5 pregoes de alta kkk. ontem se recusou a subir for...la fora subiu sao os 108000 pontos super resietencia. agora fica entre 108000 e 105000. ate os indicadores mostrarem fraqueza
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