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Conselho aponta aparente falta de parafusos em parte da fuselagem que soltou de avião da Boeing

Publicado 06.02.2024, 20:25
Atualizado 06.02.2024, 20:30
© Reuters. O novo 737 MAX-9 da Boeing é retratado em construção em sua unidade de produção em Renton, Washington
13/02/2017
REUTERS/Jason Redmond

Por David Shepardson

WASHINGTON (Reuters) - A parte da fuselagem que se desprendeu de um avião Boeing (NYSE:BA) 737 MAX 9 em pleno voo em 5 de janeiro estava aparentemente sem quatro parafusos essenciais, informou relatório preliminar de investigadores norte-americanos, fornecendo a primeira visão oficial de como o incidente ocorreu. 

Parlamentares e passageiros estão desesperados por respostas sobre o que ocorreu para a parte da fuselagem de um avião novo operado pela Alaska Airlines ser arrancada, incidente que se transformou em uma ampla crise de segurança e reputação para a Boeing.  

Evidências fotográficas divulgadas nesta terça-feira mostram que faltavam parafusos no tampão do painel, que havia sido retirado para consertar rebites danificados no processo de produção, apontou o relatório independente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês).

"A investigação continua para determinar quais documentos de produção foram usados para autorizar a abertura e o fechamento do tampão durante o trabalho com os rebites", disse o relatório. 

Após o ocorrido, a Administração de Aviação Federal dos EUA (FAA, na sigla em inglês) determinou que 171 aviões Boeing 737 MAX 9 ficassem em terra para inspeções, a maioria operada pelas companhias norte-americanas United Airlines (NASDAQ:UAL) e Alaska Airlines . As aeronaves foram liberadas para voltar ao serviço aéreo no final de janeiro.

O presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse nesta terça-feira que "quaisquer que sejam as conclusões finais, a Boeing é responsável pelo que aconteceu".

"Um evento como esse não pode ocorrer em um avião que sai de nossa fábrica", afirmou. 

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A Boeing acrescentou que "implementou um plano de controle para garantir que todos os tampões da porta de saída intermediária do 737-9 sejam instalados de acordo com as especificações".

O NTSB tem se concentrado em como o painel -- instalado nesse modelo MAX 9 no lugar de uma saída opcional -- se soltou do avião. O tampão é preso por quatro parafusos e, em seguida, fixado por acessórios em 12 locais diferentes ao longo de sua lateral e da estrutura da porta.

O NTSB não recuperou os parafusos no local e realizou testes e análises abrangentes para determinar se eles estavam presentes antes do acidente ou se foram arrancados durante o incidente.

Todos os 12 acessórios foram desengatados durante o evento, informou o NTSB em janeiro.

O tampão foi fabricado pela Spirit AeroSystems, antiga subsidiária da Boeing separada de sua controladora em 2005. A peça foi produzida em suas instalações na Malásia e entregue às instalações da Spirit em Wichita, Kansas, em maio de 2023.

O tampão em questão chegou à fábrica da Boeing em Renton, Washington, em 31 de agosto. Um registro de 1º de setembro mostrou danos aos rebites na estrutura do tampão, segundo o relatório do NTSB. Quatro parafusos tiveram de ser removidos para reparar o dano, e uma foto no relatório mostra três locais visíveis onde os parafusos estão faltando, com o quarto local coberto por isolamento.

"A documentação fotográfica obtida da Boeing mostra evidências de que o tampão MED esquerdo foi fechado sem nenhum dispositivo de retenção (parafusos) nos três locais visíveis", diz o relatório. MED é a abreviação para porta de saída intermediária em inglês.

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Tanto a United Airlines quanto a Alaska Airlines disseram, nos dias seguintes ao incidente, que haviam encontrado peças soltas em várias aeronaves MAX 9 em terra.

A FAA adotou uma linha mais dura do que no passado com a Boeing. No final de janeiro, proibiu a Boeing de expandir a produção de seus aviões 737 MAX devido aos problemas de qualidade. Isso significa que ela pode continuar produzindo jatos MAX no ritmo atual, mas não pode aumentá-lo.

"Certamente concordo que o sistema atual não está funcionando, pois não está fornecendo aeronaves seguras", disse o administrador da FAA, Mike Whitaker, a parlamentares nesta terça-feira.

"Portanto, temos que fazer mudanças nisso."

(Reportagem de David Shepardson em Washington)

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