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CORREÇÃO (OFICIAL)-Fluxo de dólar comercial impulsiona câmbio no Brasil apesar de exportações estagnadas

Publicado 07.07.2023, 19:06
Atualizado 07.07.2023, 19:10
© Reuters. Cédulas de dólares
03/11/2009
REUTERS/Rick Wilking

(Corrige no 8º parágrafo o cargo de Bacci, que foi informado incorretamente pela empresa, para presidente do Conselho de Administração, em vez de presidente)

Por Marcela Ayres e Ana Mano

BRASÍLIA (Reuters) - A entrada de dólares no Brasil por meio da conta comercial aumentou no primeiro semestre de 2023, apesar de exportações quase estagnadas, com a gestão de caixa dos principais exportadores em um mercado de crédito apertado ajudando a impulsionar a taxa de câmbio.

O agronegócio em expansão do Brasil elevou as exportações totais em apenas 1% nos primeiros seis meses de 2023 sobre o mesmo período do ano anterior, um aumento de 2,1 bilhões de dólares, com embarques de grandes volumes de grãos compensando preços mais baixos de commodities importantes, como soja, minério de ferro e petróleo bruto.

No mesmo período, as entradas líquidas de dólares dos exportadores aumentaram 28% em relação ao ano anterior, para 29 bilhões de dólares, nível mais alto para o período desde 2018, mostraram dados do Banco Central.

Isso foi mais do que suficiente para superar as saídas líquidas de dólares via conta financeira, um dos fatores que ajudou a valorizar o real em 9% neste ano em relação ao dólar.

Esse impulso pode perder força, no entanto, já que o Banco Central deve cortar as taxas de juros no segundo semestre, tornando mais fácil para os exportadores encontrar financiamento localmente e reduzindo o incentivo para que apliquem lucros em ativos locais de renda fixa.

Marcelo Bacci, diretor financeiro da gigante de celulose Suzano (BVMF:SUZB3), disse que muitas empresas têm lutado com custos de empréstimos mais altos e aversão ao risco nos mercados de crédito, ao mesmo tempo em que enfrentam preços globais mais fracos para suas exportações.

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"Não é que o exportador está nadando de braçada não. Algumas empresas que podiam se dar ao luxo de segurar o dinheiro da exportação fora pra trazer num momento melhor, têm mais dificuldade de fazer isso, precisam mais do dinheiro", disse ele.

Como presidente Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), Bacci previu "uma situação um pouco menos crítica" com a queda dos juros básicos.

O Banco Central mantém sua taxa básica de juros inalterada em 13,75% desde setembro, mas sinalizou que a maioria dos membros do Comitê de Política Monetária vê espaço para iniciar o afrouxamento monetário em agosto, desde que as perspectivas de inflação continuem melhorando.

Também há sinais de recuperação no mercado de crédito privado brasileiro, onde a volatilidade e os spreads dispararam após os ruidosos pedidos de falência da varejista Americanas (BVMF:AMER3) e da empresa de energia Light (BVMF:LIGT3).

Um executivo de uma grande trader de grãos disse à Reuters que bancos o abordaram recentemente para levantar dinheiro no mercado local de dívida após uma escassez de oportunidades no início deste ano.

"O que a gente ouviu desde o começo do ano foi mau humor em relação aos eventos de Americanas. Operações de emissão de dívida pararam, investidores ficaram machucados. Esse movimento começa a se dissipar um pouco."

No primeiro trimestre, o trader de grãos repatriou a maior parte da receita de exportação de soja para usar como capital de giro. Mas uma parte residual desse caixa também foi usada para investir em ativos de renda fixa, com a empresa aumentando os lucros com as altas taxas de juros do Brasil, disse o executivo.

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((Tradução Redação São Paulo))

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