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Diretor financeiro da Ambev minimiza receios sobre risco sacado e reforma tributária

Publicado 02.03.2023, 14:26
Atualizado 02.03.2023, 16:55
© Reuters. Fortaleza, Brasil 
10/01/2019
REUTERS/Paulo Whitaker
ABEV3
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SÃO PAULO (Reuters) -O diretor financeiro da Ambev (BVMF:ABEV3), Lucas Lira, afirmou nesta quinta-feira que a empresa segue focada em conseguir superar desempenho que obteve no Brasil em 2022 e recuperar operações no exterior impactadas por inflação, clima desfavorável e competição.

Lira, junto com o presidente-executivo, Jean Jereissati Neto, procuraram minimizar receios do mercado sobre eventuais impactos na Ambev decorrentes da crise da Americanas logo no início de suas falas durante conferência com analistas, embora não tenham mencionado o nome da varejista em seus comentários iniciais. Ambas as empresas têm entre seus principais acionistas os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

"Não apoiamos transações de risco sacado, quando fazemos é exceção... Os valores envolvidos são imateriais e isso não é uma questão para nós", disse Lira em inglês.

O executivo se referiu às operações que foram o ponto focal das revelações de problemas contábeis que revelaram um rombo de pelo menos 20 bilhões de reais na Americanas no início deste ano, que levaram a rede de varejo a entrar em recuperação judicial e que chegaram a impactar o valor das ações da companhia de bebidas.

Lira também afirmou que a Ambev vai procurar alternativas para um eventual fim da desoneração tributária sobre o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) nos planos de reforma tributária do governo. "Se o JCP não for mais dedutível, vamos procurar medidas alternativas para mitigar."

Questionado sobre o que pode ter segurado as vendas em volume da Ambev no Brasil no quarto trimestre, um período marcado pela realização da Copa do Mundo, Jereissati sinalizou que o crescimento poderia até ter sido maior se o Brasil tivesse avançado mais na competição e o clima fosse mais favorável.

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A empresa divulgou mais cedo crescimento de 4% nos volumes de cerveja vendidos no Brasil nos três últimos meses do ano passado sobre o mesmo período de 2021.

"O crescimento de 4% foi bom. Vimos melhoria sequencial de participação de mercado...O palpite é que a Copa puxou 1,5 ponto percentual dos volumes no trimestre. Poderia ter sido 1 ponto mais se o Brasil fosse para as finais", disse o executivo, citando ainda que o clima chuvoso entre o final do ano passado e início deste ano também afetou o desempenho.

Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) afirmaram em relatório após a conferência que reduziram a estimativa de receita da Ambev para este ano em 2%, mantendo a expectativa de Ebitda de 25,4 bilhões de reais. A equipe liderada por Lucas Ferreira projeta queda nos volumes de cerveja no Brasil em 2023 de 1,4%, ante recuo de 1% em projeção anterior, por causa do início de ano chuvoso no Brasil.

As ações da Ambev exibiam queda de 2,15% às 16h08, enquanto o Ibovespa recuava 0,25%.

Jereisatti afirmou ainda que a Ambev não vai mudar sua estratégia de precificação neste ano, preferindo tomar suas decisões de preços mais de olho em renda disponível e demanda dos consumidores, ante os efeitos de calendário sobre os custos.

Segundo o executivo, como a empresa está vendo uma normalização na trajetória dos custos, "isso nos deixará em uma melhor posição em termos de margens".

(Por Alberto Alerigi Jr.; com reportagem adicional de Paula Arend Laier, edição Xxxxxx)

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