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ENTREVISTA-Dono da Pague Menos reconhece assédio estrangeiro, mas não quer vender controle

Publicado 19.09.2014, 19:09
ENTREVISTA-Dono da Pague Menos reconhece assédio estrangeiro, mas não quer vender controle
IBM
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LAME4
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PGMN3
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Por Marcela Ayres

SÃO PAULO (Reuters) - Terceiro maior grupo de farmácias do Brasil em receita, a cearense Pague Menos (SA:PGMN3) sofreu assédio de companhias estrangeiras interessadas em uma aquisição no país, mas afastou a possibilidade em meio a uma onda global de consolidação no setor.

"Não estou disposto a vender o controle e eles só querem se for o controle", afirmou o fundador e presidente da companhia, Francisco Deusmar Queirós. "Estive com o pessoal da Boots e eles sabem (desta condição), são bons amigos", disse o executivo, dando como exemplo de interessados que procuraram a Pague Menos a maior rede de farmácias da Europa. Ele não revelou detalhes das conversas.

Em maio, a Alliance Boots divulgou a compra do braço de varejo farmacêutico da mexicana Casa Saba por 638 milhões de dólares, arrematando cerca de 1.000 lojas da Farmacias Benavides no México, 400 pontos da Farmacias Ahumada no Chile, além da licença para franquias no Brasil e Chile da rede GNC, que vende produtos como suplementos e vitaminas.

Pouco depois da transação, a Boots reiterou em comunicado sua intenção de continuar perseguindo aquisições na América Latina e China.

Na avaliação de Queirós, o Brasil é o destino natural de quem busca investir na região. "Quem entra na América Latina quer Brasil", disse o empresário à Reuters. "Mais cedo ou mais tarde eles vão chegar", emendou.

Dando prosseguimento à onda de consolidação no setor, a própria Boots foi objeto de aquisição da gigante norte-americana Walgreens, que anunciou no último mês que comprará os 55 por cento da companhia que ainda não possui, em negócio avaliado em cerca de 15 bilhões de dólares.

Por sua vez, a CVS, maior rival da Walgreens nos Estados Unidos, já colocou os pés no Brasil com a aquisição da Onofre no início do ano passado.

Segundo Queirós, está nos planos da Pague Menos abrir lojas nos Estados Unidos, mas apenas depois de captar dinheiro no mercado com uma oferta pública inicial de ações - plano que está em suspenso em função das condições de mercado.

"Ainda não sei quando ocorrerá o IPO, eu vou (para a bolsa) quando estiver consolidada uma expectativa de Brasil como boa alternativa de investimento. Pode ser lá para 2016 ou 2017", afirmou o executivo.

LOJAS GRANDES

Por trás do interesse das companhias no mercado brasileiro, estão as perspectivas de crescimento do setor apesar da fraca expansão da economia. Segundo a Abrafarma, que representa o segmento, as grandes redes de farmácias tiveram vendas de 15,4 bilhões de reais no primeiro semestre, alta de 13,7 por cento na comparação anual.

O interesse deve ser reforçado depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu este mês que são constitucionais leis estaduais que permitem a venda de produtos de conveniência em drogarias, disse Queirós.

Amplamente difundida no exterior, a prática já era adotada pela Pague Menos, embora fosse contra resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a venda de produtos como chinelos, refrigerantes e balas nesses estabelecimentos.

"Acho ótimo, era um contraventor e deixo de ser contraventor, não preciso mais dos advogados para conseguir liminar", afirmou o presidente da Pague Menos.

Segundo o executivo, a experiência dos grupos multinacionais nesse tipo de oferta não assusta e afirmou que a Pague Menos já avalia aumentar seu sortimento de 12 mil para cerca de 15 mil produtos.

"Antes não adiantava ter loja grande porque não tinha como ocupar espaço. Agora a tendência é de fazer lojas maiores, com mesmo perfil de Lojas Americanas (SA:LAME4)", disse Queirós.

A Pague Menos prevê alta de 18 por cento no faturamento em 2014, a cerca de 4,4 bilhões de reais, taxa de crescimento que deverá ser repetida em 2015, disse Queirós. Em 2013, a companhia teve lucro de 109,3 milhões de reais, pouco acima dos 107,3 milhões obtidos um ano antes.

A companhia, que recentemente anunciou uma parceria de dez anos com a IBM (NYSE:IBM) para adoção de um sistema de administração "inteligente" de preços em cada loja, deverá encerrar o ano com 740 lojas em todo o país, 92 a mais que no ano passado.

"Acredito que é bom momento para investir, quando passar (a desaceleração econômica) eu já estou lá na frente", afirmou o presidente da rede.

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