Investing.com – As ações da Petrobras (BVMF:PETR4) apresentavam valorização na tarde desta terça-feira, 12, após dois dias de quedas no pregão na bolsa de valores brasileira. Às 13h55 (de Brasília), os papéis subiam 3,48%, a R$36,87.
Ontem, as ações apresentaram fortes oscilações, em meio aos desdobramentos e discussões a respeito do não pagamento de dividendos extraordinários. A esperança de investidores e analistas é de que a decisão possa ser revista, após falas de ministros do governo indicando que isso poderia acontecer.
Sérgio Cachoeira, analista da Be RAP Research, afirma que os dados da inflação americana piores do que o esperado não abalaram as expectativas dos investidores de que o Fed deverá iniciar o ciclo de corte de juros nos EUA ainda no primeiro trimestre e, com isso, investidores internacionais passam a comprar posições relevantes em mercados emergentes, a exemplo da Petrobras, que sobe forte hoje. “Apesar do contexto negativo em que a companhia foi inserida nas últimas semanas, ainda há a esperança de que sejam mantidos os dividendos extraordinários”, reforça o analista.
“Outro ponto é que a companhia possui uma geração de caixa muito mais forte do que em anos de governo Dilma, por exemplo, onde tinha de realizar muito investimento para extração de petróleo. Atualmente a necessidade de investimentos é menor, no entanto as aspirações do governo podem mudar essa dinâmica mesmo que lentamente”, completa.
Discussões seguem em andamento
Ainda na segunda, o CEO da estatal, Jean Paul Prates, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar do tema. Prates buscou desmentir notícias na mídia que apontavam Lula como quem reforçou a decisão de não realizar o pagamento adicional.
No entanto, Lula se manifestou publicamente dizendo que os valores deveriam poder ser utilizados para investimentos, e que a Petrobras deveria pensar mais no povo brasileiro e menos em acionistas, apesar de o próprio governo também deter participação na companhia.
Somente na última sexta, as ações da Petrobras haviam caído 10,57% no pregão após a companhia não anunciar a distribuição de proventos extraordinários – o que era amplamente esperado por analistas, com valores divergentes.
A expectativa é de que o governo e a estatal continuem a discutir a repercussão nos próximos dias.
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