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Google avalia compra que pode gerar nova briga com reguladores

Publicado 08.04.2024, 15:21
Atualizado 08.04.2024, 15:25
© Reuters.

Por Milana Vinn e Anirban Sen

(Reuters) - A aquisição contemplada pela Alphabet da empresa de software de marketing HubSpot provavelmente vai gerar oposição de órgãos reguladores e exigirá que a companhia abra uma nova frente de batalha contra órgãos de fiscalização antitruste.

A Reuters informou na semana passada que o Google (NASDAQ:GOOGL) estava pensando em fazer uma oferta pela HubSpot, que tem um valor de mercado de 34 bilhões de dólares. O Google está avaliando os riscos antitruste de um possível acordo e ainda não decidiu se fará uma oferta pela empresa.

Quase uma dúzia de especialistas e analistas de questões de defesa da concorrência disseram que é improvável que uma aquisição da HubSpot pelo Google prejudique a concorrência.

Segundo eles, isso se deve ao fato de que o chamado setor de software de gestão de relacionamento com o cliente (CRM), no qual a HubSpot opera, já é atendido por vários participantes importantes, incluindo Salesforce, Adobe (NASDAQ:ADBE), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Oracle (NYSE:ORCL). O Google não compete no setor de CRM e a aquisição poderia tornar a HubSpot um nome mais forte graças aos recursos de computação em nuvem do Google.

De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Gartner, a HubSpot, que se concentra em clientes menores, tinha uma participação de mercado de 4,9% em 2022 no setor de software CRM, enquanto Salesforce e Adobe detinham fatias de 15% cada.

No entanto, esses especialistas também disseram que é muito provável que um acordo do Google com a HubSpot desencadeie oposição por parte dos órgãos de defesa da concorrência nos Estados Unidos e Europa, dada a crescente aversão das autoridades a gigantes da tecnologia que se tornam ainda maiores por meio de aquisições.

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Os especialistas acrescentaram que o Google teria que estar disposto a defender os méritos do negócio em uma longa batalha judicial e precisaria convencer a HubSpot a fazer o mesmo.

"Minha reação inicial é que um acordo desse tipo teria uma recepção bastante dura por parte dos órgãos de defesa da concorrência", disse Seth Bloom, ex-conselheiro geral do subcomitê antitruste do Senado dos EUA, que agora dirige sua própria empresa de consultoria.

Google e HubSpot não comentaram o assunto.

O Google já enfrenta vários processos antitruste, incluindo duas ações judiciais do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Uma deles acusa a empresa de abusar de sua posição de líder em buscas online, enquanto a outra alega que a empresa está monopolizando o mercado de publicidade digital.

O terreno regulatório para o Google também é hostil na Europa. A empresa está entre as empresas de tecnologia investigadas pela União Europeia por possíveis violações da nova Lei de Mercados Digitais, uma diretiva que facilita a movimentação de pessoas entre serviços online concorrentes, como plataformas de mídia social, navegadores de Internet e lojas de aplicativos.

A intensidade da fiscalização antitruste dissuadiu a maioria dos gigantes da tecnologia de buscarem mega negócios. A última grande aquisição concluída foi o acordo de 69 bilhões de dólares da Microsoft para comprar a produtora de videogames Activision Blizzard.

Em dezembro, a Adobe arquivou oferta de 20 bilhões de dólares pela plataforma de design baseada em nuvem Figma, citando "nenhum caminho claro" para aprovações antitruste na Europa e na no Reino Unido. Os órgãos reguladores se preocuparam com a capacidade de concorrência dos rivais menores da Figma.

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Antes de avaliar a compra da HubSpot, o Google havia se afastado de grandes aquisições. O maior negócio da empresa, a compra da Motorola Mobility por 12,5 bilhões de dólares, ocorreu há mais de uma década. A empresa manteve as operações de fusões e aquisições em pequena escala, demonstrando afinidade com compras no setor de publicidade envolvendo empresas como DoubleClick e AdMob.

O que levou o Google a fazer um grande negócio foi o aumento do caixa da empresa, 110 bilhões de dólares, e a necessidade de aplicar melhor o capital para gerar retornos. Embora a companhia esteja investindo pesadamente em inteligência artificial, como seus pares, seus retornos para os acionistas ficaram aquém dos de outros participantes nesse espaço, como a Microsoft e a Meta, nos últimos meses.

William Kovacic, professor de antitruste da Faculdade de Direito da Universidade George Washington, disse que o domínio do Google na busca online o manchou aos olhos dos órgãos reguladores, mesmo em áreas em que a empresa não compete, como a de software CRM.

"Se você fecha a porta para fusões que poderiam permitir que um não participante ou um participante mais fraco obtenha uma posição maior no mercado, você retira uma importante fonte potencial de rivalidade no mercado", disse Kovacic.

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