Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Governo cria cotas e prevê sobretaxar em 25% o aço importado

Publicado 24.04.2024, 04:05
© Reuters.  Governo cria cotas e prevê sobretaxar em 25% o aço importado

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), aprovou ontem proposta de criação de cotas de importação para alguns tipos de aço (itens da siderurgia). Conforme antecipou o Estadão/Broadcast, se a importação desses produtos ficar dentro da cota, as alíquotas atuais são mantidas, mas sobem para 25% caso os volumes superem os limites fixados. A decisão vai afetar 11 tipos de aço - NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) -, número bem menor do que os 30 itens para os quais a indústria siderúrgica pedia sobretaxa.

As regras definidas pela Camex vão levar em conta as médias de importação de cada item entre os anos de 2020 e 2022. Na prática, o governo vai aplicar a sobretaxa sobre produtos cujas importações no ano passado superaram em 30% a média das compras nos três anos anteriores. Ou seja, o Imposto de Importação maior incidirá sobre produtos que entraram maciçamente no Brasil a partir do ano passado.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, classificou a decisão de estabelecer cotas e sobretaxar itens da siderurgia importados em excesso como "criteriosa". "Nossa análise é que grande parte ficará dentro da cota, sem nenhuma alteração", disse.

Sobre a decisão de adotar a barreira tarifária, Alckmin ressaltou que foi constatado no ano passado um grande aumento na importação de alguns itens siderúrgicos - que em alguns casos chegou a mais de 1.000%. "É uma indústria importante, de base, extremamente necessária ao País", disse Alckmin.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Na verdade, o governo vinha sendo fortemente pressionado pelas siderúrgicas nacionais, que desde o ano passado alertam sobre a invasão do aço chinês no mercado brasileiro. Algumas siderúrgicas chegaram a desativar unidades produtivas - caso da Usiminas (BVMF:USIM5), em Cubatão -, outras, como a Aperam, suspenderam investimentos em razão do excesso de oferta de aço no mercado nacional.

Mesmo assim, num universo de cerca de 200 itens (NCMs) de aço, os pleitos para aumento de taxação pelas siderúrgicas se voltavam a 31 produtos. O governo vai aplicar a nova regra para apenas 11 itens. Com a solução intermediária, o governo busca uma saída que não tenha impactos inflacionários nem crie um problema geopolítico, especialmente com a China.

Segundo o Mdic, estudos técnicos mostraram que a medida anunciada ontem não terá impacto nos preços ao consumidor ou a produtos derivados da cadeia produtiva. "Durante os 12 meses, o governo vai monitorar o comportamento do mercado. A expectativa do governo é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional", disse a pasta em comunicado.

MENOS PRESSÃO

A criação de cotas deve aliviar a pressão sobre as usinas nacionais, que vêm sendo forçadas a manter os preços em patamar abaixo do que seria o adequado, disse ao Estadão/Broadcast o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, Carlos Jorge Loureiro. "Um possível aumento de preços vai depender de como estará o mercado, e agora ele está fraco. Devemos fechar o primeiro quadrimestre sem crescimento, então acompanhamos um interesse mais fraco por consumo de aço."

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Ele reconheceu, porém, que há chances de haver uma corrida por importação de produtos siderúrgicos. "Em um momento inicial haverá a entrada maior de importados. Mais para frente, provavelmente o volume de importações que estava crescendo passará por uma normalização", ponderou.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, disse ao Estadão/Broadcast que o setor de construção civil não deverá ser afetado pela decisão do governo de estabelecer cotas para a importação de produtos siderúrgicos, pois o vergalhão, principal produto consumido pelas construtoras, ficou de fora da medida. Com isso, a previsão é a de que, se houver impacto, ele será indireto, disse Correia.

O Mdic informou que a decisão de criar cotas e aplicar sobretaxas ainda terá de ser apresentada e analisada pelos parceiros do Brasil no Mercosul, antes da publicação da medida no Diário Oficial da União (DOU). Assim, a aplicação das regras de cotas para a taxação do aço importado só deve entrar em vigor dentro de aproximadamente 30 dias. A medida terá validade por 12 meses.

CHINA

Questionado sobre uma eventual reação da China, Alckmin avaliou que a decisão do governo não deve afetar as relações entre os países. "Veja que o mundo todo está procurando estabelecer critérios na suas alíquotas de importação. Só fizemos essa mudança para o que estiver acima da cota, e demos cota grande", disse, lembrando da ociosidade elevada da indústria local. "Tem mais de 40% de ociosidade em algumas áreas. Foi medida de preservação do emprego, de estímulo a novos investimentos, e que na realidade é extremamente cuidadosa", defendeu o ministro.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Outro dia li que na China produzir uma tonelada de aço custa 650 dólares, na Europa em média 750 dólares, nos EUA 900, e no Brasil 1200 dólares. Não sei quanto custa os impostos em cada país, mas eu aposto que os daqui são os maiores. Daí pra conseguir competir é sempre a mesma solução : fazer o importado ficar caro também. 🤡
Nesse caso o Governo tem razão, o problema não são os amigos do Rei daqui. São os amigos do Rei lá na China, que recebem subsídios. É só o começo, tá acontecendo no mundo todo (sobretaxa sobre produtos Chineses), aço, alumínio, carros elétricos, painéis solares etc.
Esse desgoverno não cansa de aumentar impostos! por que não reduzir impostos do aço nacional para ficar mais competitivo?
essa taxação em específico é uma reação anti dumping, visto que a China está praticando preços abaixo do custo de produção.....devido a problemas em seu setor imobiliário. Como a demanda de aço pelo setor de construção lá diminuiu consistemente eles estão desovando a produção mundo a fora.....medidas anti dumping estão sendo tomados em outros países também....
Impostos e mais impostos! Taxação sobre taxação... Impossível viver nesse paizinho!
a culpa tb é sua que fez o L
Alckimin tocando o berrante do encantador de gado para o Lula é impagável! Cabe agora ouvir o gado mugir achando que não haverá oscilações nos preços e retomada inflacionária, apenas para passar a mão nos liberais de plantão e suas mega empresas. O ex-presidiário, Zé Dirceu, na tentativa de recriar (reprecificar) a carreira degastada de Lula, errou: Lula não é de centro-direita, mas sim de extrema esquerda "rodadora de bolsinha" para a clientela, para os patrões, com na época de sindicalista... Enquanto houver gado, o berrante toca...
Já conhecemos a política "amigos do rei" Uma pena, proteccionismo sempre gera aumento de preço para consumidor e atraso tecnológico...
os amigos do rei eram fabricantes de armas e milicianos.
se a usimico não subir os preços e forem mais barato que lá fora aí sim vende interno mas vai subir os preços e quer vender mais que os chineses? fica difícil né taxar pra que ..se sobem os preços. tem que deixar mais barato dentro aí vende mais e tem mais lucro.
Errado amigo. O setor siderúrgicas brasileiro carrega altas taxas de impostos diretos e indiretos o que deixa a produção interna muito mais cara do que a chinesa. Para que o aço produzido no Brasil seja competitivo só tem 2 formas. Ou o governo diminue os impostos incidente na cadeia produtiva do aço nacional ou aumenta o imposto de importação para equilibrar a competição. Do jeito que está não pode ficar.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.