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Ibovespa: Após primeiro semestre em alta, o que pode motivar a bolsa brasileira?

Publicado 06.07.2023, 20:16
© Reuters

Investing.com – Com desaceleração da inflação, perspectiva de início do ciclo de afrouxamento monetário, ancoragem das expectativas e andamento de pautas econômicas como o arcabouço fiscal e reforma tributária, o sentimento para a bolsa de valores brasileira foi positivo no primeiro semestre, e o Ibovespa fechou o período com uma elevação de 7,61%. Para os próximos seis meses, levando em conta a tendência de diminuição na Selic, as projeções são mais otimistas, conforme especialistas consultados pelo Investing.com Brasil.

Das 86 ações que compõem o índice, 72% tiveram altas de janeiro a junho, ou 64 papéis, segundo levantamento realizado pela Quantum Finance. Os melhores desempenhos foram de Azul (BVMF:AZUL4), Yduqs (BVMF:YDUQ3) e Gol (BVMF:GOLL4), enquanto as piores performances foram de Méliuz (BVMF:CASH3), Alpargatas (BVMF:ALPA4) e Assaí (BVMF:ASAI3).

Confira os melhores e piores:

 
Melhores do semestre

Fonte: Quantum Finance

 Piores do semestre - Quantum

Ibovespa e cenário externo

Ainda que a bolsa brasileira tenha apresentado elevação no semestre, o Ibovespa ficou bem abaixo de índices americanos. O momento nos EUA é de recuperação. S&P 500 recuou 20%, e o Nasdaq tombou mais de 33% no ano passado, com investidores de olho em uma possível recessão. Os três principais índices de Wall Street haviam encerrado 2022 com as maiores perdas anuais desde a crise financeira de 2008. A aversão ao risco contaminou os mercados durante a crise bancária. No entanto, com socorro do Federal Reserve a instituições financeiras, evitando contágio do sistema, e uma pausa nos aumentos das taxas de juros nos Estados Unidos, os investidores passam a ter maior apetite a risco. Agora, os índices americanos lideram os rankings do semestre.

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Por aqui, além da pressão no mercado após a descoberta da crise contábil da Americanas (BVMF:AMER3), levando à maior dificuldade na concessão de crédito para as companhias, o começo do ano foi de maiores as incertezas a respeito da economia. Falas contra a meta de inflação, contra o patamar da Selic estabelecido pelo Banco Central, discursos antagônicos sobre responsabilidade fiscal levaram a receios de muitos investidores. Com o andamento do arcabouço que deve substituir o teto de gastos e outras agendas debatidas há anos, como a reforma tributária, os ânimos melhoraram.  

Dessa forma, a bolsa brasileira ficou bem abaixo de outros índices globais. O grande destaque, a nível internacional, foi o Nasdaq Composite, que registrou o melhor primeiro semestre em quatro décadas, com alta de quase 30%. Em segundo, está a S&P, com cerca de metade dessa alta, ambas em moeda local.

Confira os retornos dos índices, conforme dados compilados pela Quantum Finance até 28 de junho.

Índices globais no primeiro semestre

Fonte: Quantum Finance

Jadye Lima, economista e especialista em renda variável WIT, afirma que a volatilidade foi alta tanto no mercado doméstico quando no externo durante os primeiros seis meses do ano. No Brasil, os analistas apresentavam cautela em relação às políticas econômicas que poderiam ser adotadas pelo então novo governo, principalmente sobre o gasto público. Com o desdobramento do arcabouço fiscal, apreciação do real frente ao dólar e melhoras nos indicadores econômicos, entre eles crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e desinflação, sugerindo que a política monetária poderia ser afrouxada em breve, o mercado brasileiro conquistou um semestre de elevação, em sua visão.  Além da alta do Ibovespa, as small caps apresentaram ganhos de praticamente o dobro, lembra Lima.

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Fatores macroeconômicos e microeconômicos motivaram valorização em setores como o transporte aéreo, que apresentaram as maiores altas, após sofrerem com a queda na demanda na pandemia. Medidas como o programa Voa Brasil e desvalorização do dólar estão entre os propulsores das ações, segundo Lima. Além disso, os setores de educação e imobiliário, que possuem forte correlação com os juros, tiveram empresas com retornos expressivos. “O Índice Imobiliário foi o que mais cresceu, com alta de quase 40% no primeiro semestre”, reforça.

O semestre foi marcado por momentos antagônicos, concorda João Piccioni, analista da Empiricus Research, iniciando com a perspectiva de um afrouxamento monetário precificado para mais tarde. Problemas de crédito, crise na Americanas, bancos fechando as torneiras para o mundo corporativo e resultados fracos não traziam motivação para que os investidores tomassem risco.

Desde o plano para salvaguarda dos bancos americanos, o apetite para renda variável foi elevado, segundo Piccioni, com “uma leitura mais positiva em relação aos mercados emergentes, Brasil, México, Índia, além do Japão. A China seguiu em compasse de espera, ficou para o segundo semestre esta história. Com a Inteligência Artificial, quando saiu o resultados das big techs e a Microsoft (NASDAQ:MSFT) ficou repetindo o termo, gerou um impulso muito grande para a bolsa americana e, dali, houve maior desejo por buscar novos mercados”.

Os últimos meses foram de mudança no humor do mercado local, com o avanço de medidas econômicas e um ministro da Fazenda mais “hábil do que a Faria Lima acreditava”, o que trouxe maior confiança, segundo o analista. Considerando recortes setoriais, o primeiro semestre foi de fuga de ações de commodities, deixando de lado as apostas no crescimento da China, e direcionamento de recursos para o cíclico doméstico.  No mercado externo, o foco foi nas Big Techs.

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Além disso, o analista da Empiricus lembra que diversos cases abandonados voltaram ao foco, entre eles Estapar (BVMF:ALPK3), assim como small caps entraram em carteiras importantes de bancões. Ações de qualidade, empresas de varejo e a recuperação do setor de saúde, figuram entre os destaques, incluindo para Hapvida (BVMF:HAPV3) e Rede D’or. O analista ainda elenca como recuperações positivas as ações do BTG (BVMF:BPAC11) e da B3 (BVMF:B3SA3).  “O que a gente não viu ainda de uma forma mais clara foi a recuperação do varejo de bens de consumo. Os cases ligados ao e-commerce ainda estão patinando”, completa.

Guilherme Paulo, operador de renda variável Manchester Investimentos, lembra que o período foi marcado por retornos fortes de companhias do setor imobiliário, como empresas de construção civil e shoppings, assim como as do setor financeiro, com recuperação de bancos como Bradesco (BVMF:BBDC4). “As seguradoras subiram bastante esse ano, assim como empresas do setor elétrico e saneamento. As perspectivas de privatização foram positivas, assim como os leilões”, cita.

Por outro lado, com a diminuição das cotações das commodities, companhias desse setor foram penalizadas, pondera. “O setor de commodities dentro do Ibovespa representa quase 40% do setor, e ainda assim a bolsa brasileira teve desempenho positivo nesses seis primeiros meses.

O que esperar do segundo semestre?

O Ibovespa encerrou 2022 em alta de 4,69%, abaixo da inflação e poupança. Para este ano, no entanto, as perspectivas parecem mais vantajosas.

A XP projeta Ibovespa em 130 mil pontos no final do ano, enquanto o Bank of America (NYSE:BAC) estima 135 mil pontos em 2023. A Guide vai além e espera 140 mil pontos.

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O Santander (BVMF:SANB11), por sua vez, enxerga Ibovespa em 140 mil pontos, mas em meados de 2024, com o início de um bull market no segundo semestre deste ano.

Com taxas de juros sendo elevadas em mercados desenvolvidos, possível desaceleração da economia chinesa e um discurso de eventual recessão nos Estados Unidos, os olhares se voltam para os mercados emergentes, principalmente Brasil e México, na visão de Jadye Lima.

“Acho que os ventos continuam favoráveis. Esse ambiente de corte nos juros, muito em função dos dados econômicos, a descompressão nos riscos políticos, especialmente nas questões fiscais e na reforma tributária, que tende a trazer mais clarezas para os agentes econômicos. Entre os gatilhos, os investidores estrangeiros voltando fluxo para Brasil favoreceria a bolsa brasileira, bem como investidor institucional”, aponta a especialista da WIT.  Entre os setores que podem ser mais impulsionados neste segundo semestre, estão varejo, imobiliário, shoppings, transportes, educação, além de ativos de fundos imobiliários.

No entanto, assim como os ventos estão favoráveis, entre os pontos de atenção elencados por Lima, estão algum atraso no andamento de reformas, um exterior com maior aversão de risco, pressões na atividade da China, impactando empresas de commodities, e possível recessão em mercados externos, o que pode trazer volatilidade nas bolsas.

O especialista da Manchester Investimentos ressalta que uma estabilização ou melhoria nos preços das commodities poderia alavancar mais o índice Ibovespa, mas ainda rondam muitas dúvidas sobre o potencial de crescimento chinês. Ele orienta que, mesmo diante da dinâmica de uma política monetária mais frouxa a nível local, é importante estar atento a níveis de alavancagem e medidas de governança.

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Para o analista da Empiricus, os investidores não estão mais tão preocupados com os resultados corporativos dos próximos seis meses. “Basta a empresa sobreviver. Muitos vão comprar casos esquecidos na bolsa esperando que a descompressão dos juros afete os resultados do ano que vem”, acredita, ao citar o setor de varejo, que continua pressionado. Entre os mais favorecidos, empresas do setor financeiro, como bancos mais ligados a investment banking, como Itaú (BVMF:ITUB4), BTG e XP (BVMF:XPBR31). Além disso, Hapvida, Rede D'Or (BVMF:RDOR3) podem reestruturar balanços e voltar a atrair investidores. “A pimenta vai ser o setor de varejo, incluindo a própria Magazine Luiza”, destaca.

Últimos comentários

Aparentemente está mais distante a possibilidade do Brasil virara Argentina ou Venezuela como alguns falaram e continuam falando.
A única coisa que vai afrouxar é as pregas do Brasileiros com esses impostos todos que estão vindo.
Kkkkk
o Bozo preso ?
Calma que a picanha do mula vai chegar, por enquanto foi só capim e abóbora
As empreiteiras do L?
A PICAnha tá chegando! Já vieram as 2 primeiras sílabas!
E o pilantra corrupto Ricardo Salles ainda vem falar que Tarcísio que é o comunista? 🤣🤡🤣🤡🤣🤡🤣🤡🤣🤡
Votou contra o Plano Real: Bozo e PT
Votou contra o fim do monopólio da PBR: PT e Bozo
Votou contra todas reformas desde 1989: Bozo e PT
Votou contra as privatizações da Telebrás e Vale: Bozo e PT
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