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Ibovespa recua com alta em rendimentos de Treasuries; Totvs desaba após balanço

Publicado 08.02.2024, 18:11
Atualizado 08.02.2024, 18:40
© Reuters. Homem observa painel na B3
28/10/2021
REUTERS/Amanda Perobelli

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, com declínio generalizado na bolsa paulista em meio ao avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto Totvs desabou após o resultado operacional medido pelo Ebitda da empresa de software frustrar previsões de analistas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,33%, a 128.216,92 pontos. Na máxima do dia, chegou a 130.125,92 pontos. Na mínima, a 127.912,23 pontos. O volume financeiro somou 26,38 bilhões de reais.

Dados disponíveis no site da B3 (BVMF:B3SA3) continuam mostrando saída de capital externo do mercado acionário brasileiro, com o saldo em fevereiro negativo em cerca de 1,8 bilhão de reais até o dia 6. No primeiro mês do ano, as vendas por estrangeiros superaram as compras por esses investidores em quase 7,9 bilhões de reais.

Uma boa parte desse movimento é relacionada à correção de alta nos rendimentos dos Treasuries, que fecharam 2023 a 3,86%, mas voltaram a superar os 4% neste ano, quando dados e sinalizações de autoridades do Federal Reserve esfriaram expectativas de uma queda nos juros dos Estados Unidos em março.

Nesta quinta-feira, o Treasury de 10 anos oferecia um yield de 4,1521%, ante 4,098% na véspera, refletindo cautela de agentes financeiros antes de dados de preços ao consumidor norte-americano relativos a janeiro, previstos para a sexta-feira.

Além do avanço nos rendimentos da dívida do governo dos EUA, o gestor Tiago Cunha, sócio da Ace Capital, também destacou o resultado acima do esperado do IPCA referente ao mês passado como mais um componente desfavorável às ações brasileiras.

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O IPCA subiu 0,42% em janeiro, segundo o IBGE, uma desaceleração frente a dezembro (+0,56%), mas acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de aumento de 0,34%, e com economistas avaliando que a leitura qualitativa não foi positiva, com piora quase generalizada dos núcleos.

Cunha também chamou a atenção para safra de resultados do quarto trimestre, com os resultados nos EUA repercutindo de forma mais positiva em Wall Street do que os balanços brasileiro têm reverberado na B3.

"Em um mercado global, com ampla mobilidade de capital, os resultados das empresas norte-americanas têm apresentado mais crescimento de receita, melhor desempenho operacional e perspectivas mais positivas para 2024. O fluxo de saída está, também, ancorado nesse diferencial de resultados e perspectivas para o ano", afirmou.

Em Nova York, S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, fechou perto da estabilidade, mas negociado próximo ao marco de 5.000 pontos.

DESTAQUES

- TOTVS ON (BVMF:TOTS3) desabou 9,77%, a 29,64 reais, após a empresa de softwares reportar lucro líquido consolidado de 126,2 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 17,7% frente ao mesmo período de 2022. o Ebtida ajustado no período somou 258,3 milhões de reais, alta de 7,8% ano a ano, mas com queda na margem para 21%, o que frustrou previsões de analistas. "Mesmo grandes empresas têm dias -- trimestres -- ruins", afirmaram analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11), avaliando que os números do trimestre foram fracos, principalmente em termos de margens.

- MRV&CO ON despencou 9,46%, a 6,70 reais, pressionada pela alta nas taxas dos contratos de DI, que afetou papéis sensíveis a juros como um todo. Além disso, analistas do UBS BB cortaram a recomendação das ações para "neutra" e reduziram o preço-alvo dos papéis de 20 para 8,50 reais, atribuindo a decisão "à alta complexidade financeira da MRV (BVMF:MRVE3), uma vez que ela se tornou mais dependente de concessões de crédito -- pro soluto --, aumentando o risco e a complexidade de seu modelo de negócio no Brasil". O índice do setor imobiliário cedeu 3,13%.

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- PETZ ON (BVMF:PETZ3) subiu 3,18%, a 3,57 reais, destoando do setor, no terceiro pregão seguido de alta, após renovar na segunda-feira mínimas históricas -- de 3,03 reais no intradia e 3,09 reais no fechamento. Até a segunda-feira, os papéis acumulavam queda de cerca de 22% em 2024, considerando a cotação de fechamento.

- KLABIN UNIT (BVMF:KLBN11) encerrou com variação positiva de 0,14%, a 21,62 reais, distante da máxima da sessão. Em teleconferência da empresa de papel e celulose sobre os resultados do quarto trimestre no final da manhã, executivos avaliaram que o mercado de celulose global se mantém com tendências positivas após sucessivos aumentos de preços pelos fabricantes nos últimos meses. Antes da abertura, a companhia também divulgou previsão de Ebitda incremental de cerca de 3 bilhões de reais até 2027.

- VALE ON (BVMF:VALE3) caiu 0,88%, a 66,21 reais, abandonando o tom positivo dos primeiros negócios, quando encontrou suporte na alta dos futuros do minério de ferro na China, com a esperança de melhor demanda do mercado imobiliário após Pequim sinalizar algum apoio ao setor. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange fechou em alta de 2,4%, a 963,50 iuanes (133,90 dólares) por tonelada.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuou 0,81%, a 41,86 reais, refletindo ajustes após renovar máximas históricas nessa semana, em movimento que descolou da alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com elevação de 3,06%, a 81,63 dólares.

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caiu 2,87%, a 13,56 reais, ampliando as perdas da véspera, quando despencou diante da frustração no mercado com os resultados do último trimestre de 2023 e previsões para 2024, enquanto plano estratégico para os próximos cinco anos não animou. No setor, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3), que divulga balanço ainda nesta quinta-feira, cedeu 1,51%, a 58,54 reais.

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Últimos comentários

Fácil comentar dos acontecimentos estrangeiros, Bolsa Americana em alta. Difícil expor a realidade do Brasil dos bacos brasileiros e das falas do Presidente sobre a Vale e inflação em alta.
Não deu tempo de sair para pescar as 4AM hoje?
Durante o dia a informação era que o recuo tinha como motivo o viés das bolsas americanas e o IPCA. Agora são os treasuries. É um me enganha que eu gosto que não tem fim, para justificar e tentar  estabelecer algum fundamento tecnico ou financeiro, mesmo que falacioso. Para o "mercado" financeiro o país nunca estará preparado, pois tudo nos afeta, IPCA, TREASURIES, JUROS AMERICANOS, PEDIDOS DE SEGURO DESEMPREGO, PAYROLL, FISCAL, DEFICIT ZERO, INVESTIMENTO DO GOVERNO ETC...ETC...ETC.... Querem com suas chantagens, nos manter reféns, submissos para  fazerem como hoje, bolsa para baixo, juros e dolar para cima. É assim que eles ganham, em detrimento da resto da sociedade.
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