O Ibovespa desacelerou o ritmo de alta há pouco, em meio à piora das ações do setor financeiro. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo estuda acabar com os juros sobre capital próprio (JCP) no ano que vem. Com isso, a tendência é que menos recursos sejam destinados aos acionistas. "Impacta não só os bancos, mas também várias empresas do varejo", diz Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.
Como explica Takeo, o JSCP é um ótimo meio da empresa distribuir recursos para os acionistas porque abate do lucro tributável. "Com a redução disso, a empresa passa a pagar mais impostos e essa redução ao longo do tempo se traduz em menos recursos para investir ou distribuir como dividendos", diz, completando que é uma medida "ótima para o governo que vai arrecadar mais.
Às 15h39, o Ibovespa subia 0,84%, aos 121.241,11 pontos, após avanço de 1,29%, na máxima aos 121.771,71 pontos. Bradesco (BVMF:BBDC4) PN cedia 2,52%, seguida por Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) ON (-2,25%), figurando entre as oito maiores perdas. Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) PN (-1,79%), Bradesco ON (-1,85%) e Unit de Santander (BVMF:SANB11) (-0,57%) também recuavam. No caso de ações ligadas ao consumo, Ambev (BVMF:ABEV3) ON perdia 1,37%, Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) ON caía 1,91%, por exemplo. O recuo era equilibrado pelo avanço de ações ligadas a commodities. Vale (BVMF:VALE3), por exemplo, subia 3,04%.