A Irani (SA:RANI3) divulgou, nesta sexta-feira (29), o balanço trimestral do seus resultados. A companhia registrou uma alta de 97,8% nos lucros líquidos em comparação ao mesmo período no ano passado. A quantia registrada foi de R$ 112,1 milhões.
Ela registrou, ainda, uma alta na quantia referente ao Ebitda nesse mesmo período. As principais razões para as altas destacadas pela companhia foram o aumento da receita e a redução de seus custos.
A quantia que a companhia lucro superou a projeção para esse período, que era de R$ 68 milhões.
Irani no primeiro trimestre
A companhia de papel e embalagens demonstrou uma grande alta nos lucros em comparação ao ano passado. Além disso, a parcela de lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também representou um crescimento.
No entanto, também é possível identificar uma queda na taxa de lucro líquido da companhia, se considerada a comparação entre o 1T22 e o quarto trimestre de 2021. Essa queda foi de 1,5%.
A chamada margem Ebitda (a taxa de Ebitda sobre a receita líquida da empresa) também encolheu na comparação anual. Esse índice foi de 33,5% no primeiro trimestre deste ano, ficando 5,3% atrás do registrado no 1T21.
O principal fator que justifica as altas, segundo a empresa, foi a diminuição nos custos da companhia em relação ao mesmo período do ano passado.
Dessa maneira, os gastos com vendas, porém, foram de R$ 29,1 milhões, representando uma queda de 3,5% na comparação trimestral, e uma alta de 23,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021.
O lucro bruto da Irani no primeiro trimestre deste ano também registrou um aumento. Essa quantia foi de R$ 200,9 milhões, crescendo 54,1% na comparação anual.
A dívida líquida da Irani também sofreu altas. Nos primeiros três meses deste ano, a quantia devedora da companhia foi de R$ 477,9 milhões, aumentando em 122% em comparação ao primeiro trimestre de 2021.
Considerando a leve piora na relação entre as dívidas e o Ebitda, a companhia se pronunciou.
Segundo a Irani, essa queda nos indicadores é referente ao aumento da dívida líquida, que foi pressionada pelos desembolsos na Plataforma Gaia, que é, basicamente, o portfólio de medidas expansionistas da empresa.
A Irani afirmou, ainda, que a execução dos investimentos torna a realavancagem da Irani natural, e que a sua situação “encontra-se em linha com os parâmetros estabelecidos na Política de Gestão Financeira da Companhia, que estabelece uma meta de 2,5 vezes”.
A empresa divulgou, também, que R$ 123,8 milhões dos investimentos do primeiro trimestre do ano foram destinados, principalmente, ao reflorestamento, manutenções, maquinário e equipamentos e software.
O mercado de resinas sustentáveis e o de papelão ondulado também foram alvo de quedas. Essas áreas da companhia encolheram, respectivamente, em 7,2% e 15,1% na comparação anual, mesmo que o mercado de resinas apresente uma alta de 28% em relação ao 4T21.
O avanço na negociação de seus produtos se deu na venda de embalagens, que aumentou em 2% na mesma comparação.
Apesar de quase dobrar seus lucros no primeiro trimestre, a companhia apresenta quedas na negociação de seus produtos, e uma alta na sua dívida líquida.
Ações da Irani
O preço das ações da companhia especializada em papel e embalagens fecharam em baixa na B3 nesta sexta-feira.
Os papéis caíram 3,16% a R$ 6,44. Em um período de 12 meses, os papéis têm queda acumulada de 5,54%, enquanto nos últimos 30 dias é de 4,85%.