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Jorge Paulo Lemann e sócios venderam as ações na Kraft Heinz no fim de 2023, sem fazer alarde

Publicado 10.04.2024, 15:38
Atualizado 10.04.2024, 19:10
© Reuters.  Jorge Paulo Lemann e sócios venderam as ações na Kraft Heinz no fim de 2023, sem fazer alarde

A empresa de private equity 3G Capital, dos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, vendeu a sua participação acionária na empresa de consumo americana Kraft Heinz, segundo informações da rede americana CNBC. Quase nove anos depois de amarrar a fusão entre a Kraft Foods e a Heinz, com o apoio e presença acionária do megainvestidor Warren Buffett, a holding de investimentos vendeu, sem alarde, os 16,1% que ainda tinha na empresa, no quarto trimestre do ano passado.

Depois de conseguir aprovar a formação da Kraft Heinz, o grupo de origem brasileira assumiu a gestão da empresa resultante da fusão e trouxe a sua cultura baseada em economia de custos, eficiência operacional e metas agressivas de resultados, que já havia aplicado em empresas brasileiras como a Ambev (BVMF:ABEV3) e instituições financeiras como o Banco Garantia.

Nos últimos anos, a influência brasileira foi diminuindo na Kraft Heinz e, em julho de 2022, já não havia representantes da 3G no conselho de administração da empresa. O grupo Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa), de Buffett, no entanto, permanece no negócio, como principal acionista, com fatia de 26,8%.

A estratégia inicial com a fusão, apoiada por Buffett, era dar um choque de gestão na empresa resultante da fusão. O bilionário americano conhecia os métodos de gestão do 3G, que foram levados ao mercado americano com a série de aquisições e fusões promovidas no mercado de cerveja para a criação da Anheuser-Busch InBev, que envolvia a texana Anheuser-Busch, fabricante da marca Budweiser, e a belga InBev, resultante de uma fusão anterior entre a belga Interbrew e a brasileira Ambev.

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A 3G também havia assumido a rede Burger King (BVMF:ZAMP3), dando origem a uma divisão de cadeias de alimentação fora de casa entre os seus investimentos. A gestão da Kraft Heinz parecia o caminho natural para a conquista do mercado de consumo americano. Berkshire e 3G se uniram primeiramente, em 2013, para comprar a Heinz, e dois anos depois propuseram a fusão com a Kraft. Depois disso, rumores de que Lemann e os seus parceiros de negócios poderiam assumir a europeia Unilever (LON:ULVR) ou mesmo a Coca-Cola circularam.

Mas o sucesso anterior não se repetiu no novo negócio. Num primeiro momento, os cortes de custos deram resultados, sob o comando do executivo de Bernardo Hees, executivo de confiança do trio de bilionários brasileiros. Ele já havia presidido a América Latina Logística (ALL) e o Burger King.

Mas os hábitos de consumo estavam em modificação, com pessoas buscando alimentos mais saudáveis e menos produtos industrializados. Em 2019, ficou claro que o plano tinha dado errado, com resultados trimestrais decepcionantes, cortes de pagamento de dividendos, uma investigação sobre práticas contábeis da empresa conduzida pela Securities and Exchange Comission e a baixa contábil de US$ 15 bilhões de suas marcas.

Em uma palestra meses depois, Lemann se classificou como um "dinossauro amedrontado" que estava buscando ser um "dinossauro se movendo". Disse também que o "sono não andou como queríamos" e que não seria possível construir no mercado de alimentos algo tão grande quanto foi possível no setor de cervejas. Também pela primeira vez reconheceu que o estilo de gestão adotado em suas empresas havia sido superado por novas formas de administração de pessoas e de busca por resultado menos agressivas.

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Buffett também declarou, em entrevista para o canal de TV CNBC, que tinha sido contaminado pelo otimismo de que as marcas da Kraft Heinz valeriam mais do que seria a realidade, e que havia pagado caro pela empresa.

Uma recuperação do negócio ainda foi tentado nos anos seguintes, mas o fracasso prenunciou um problema maior que estouraria para o 3G, quando no começo de 2023 foi revelada a fraude ocorrida nas Lojas Americanas (BVMF:AMER3). No sábado, 6, Lemann falou pela primeira vez publicamente sobre o caso envolvendo a varejista, com dívida de mais R$ 40 bilhões e que recorreu a um processo de recuperação judicial.

Na edição da Brazil Conference, realizada nos arredores de Boston, nas universidades Harvard e MIT, o empresário comentou: "No geral, tive muito sucesso, mas nos últimos anos, não muito".

Lemann deixou o conselho de administração da Kraft Heinz em 2021, seguido no ano seguinte por seus parceiros Alexandre Behring e João Castro Neves, ex-CEO da AB InBev. No ano passado, a empresa passou a ser presidida por Carlos Abrams-Rivera, o primeiro executivo sem laços diretos com os empresários brasileiros.

Desde 2008, a 3G vinha vendendo suas ações na empresa e o fim da história foi revelada agora, com a saída do grupo do negócio no fim de 2023.

Últimos comentários

parece que 3g e manipulação contábil andam juntos ou é só conhecidencia, e não é que também fizeram o L.
MANIPULADORES FINANCEIROS.TODO CUIDADO EM INVESTIMENTOS,SE FAZ NECESSÁRIO O AFASTAMENTO DESTES MANIPULADORES DE MERCADO.
Logo o ladrão 💍💎💍💎💍💎💍💎💍 Genocida safado na grade, baita fracassado lesa pátria
Bozo deu a ELET de presente para o trip pitista? A propina deve ter sido mais alta ainda ...
Tentaram mais um golpe pra cima dos outros, quando essa quadrilha vai ser presa?
Trambiqueiros da MentiroCracia.
Devem estar precisando alguns bilhões para pagar a propina do BozoLadrão e do Centrão pelo controle da ELET.
Mas eles não teriam que emitir um FR, esse trio aí virou circo né vê se ele tem coragem de passar aqui no Brasil
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