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Mercado chinês pode surpreender positivamente em 2024, segundo gestor

Publicado 24.12.2023, 09:17
© Reuters.
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Investing.com -- A bolsa chinesa frustrou as expectativas dos investidores nos últimos três anos, com o MSCI China tendo perdido mais da metade do seu valor, ao cair de 12.000 pontos, no início de 2021, para 5.600, em dezembro de 2023. Um desempenho ruim que persistiu mesmo após o fim da pandemia, em contraste com a maioria das outras economias que vivenciaram um boom no consumo após a reabertura pós-covid.

No entanto, segundo Wenli Zheng, gestor do fundo T. Rowe Price Funds SICAV - China Evolution Equity da T. Rowe Price, a desaceleração de Pequim pode ser apenas uma fase cíclica, com as empresas chinesas prontas para conquistar novas fatias de mercado a nível global e, consequentemente, oferecer oportunidades interessantes para os investidores.

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As dificuldades da China têm origem

Durante a pandemia, analisa Zheng, "os balanços de muitos países se ampliaram substancialmente. Em contrapartida, o governo chinês não forneceu estímulos expressivos ao consumo, mas está passando por uma importante fase de desalavancagem financeira".

Isso é melhor refletido no problemático setor imobiliário chinês. “A cadeia de fornecimento imobiliária responde por mais de 20% do PIB chinês. No entanto”, explica o analista, “desde o início de 2021, o volume de transações imobiliárias caiu de 30% a 40% em relação ao seu pico e voltou aos níveis vistos pela última vez há uma década. As novas construções iniciadas recuaram 60% em relação ao pico”. Tudo isso representou um entrave significativo para a economia.

As exportações, outro motor de crescimento para a China no período 2020-2022, diminuíram este ano, diante da retração do cenário econômico global. As tensões comerciais entre Pequim e Washington, que começaram em 2018, contribuíram para isso, “com a fatia da China nas importações dos EUA caindo de mais de 20% para menos de 15%”, lembra o especialista. Contudo, em nível global, a fatia de exportações da China continuou a crescer, à medida que os exportadores chineses ganharam mais espaço nos mercados emergentes.

Apenas uma desaceleração cíclica?

“A China enfrenta, sem dúvida, alguns desafios estruturais”, observa Zheng, “como os altos níveis de alavancagem no setor imobiliário e no setor público local, as incertezas geopolíticas em curso e os desafios demográficos”. Mas, segundo o gestor, a atual desaceleração que estamos presenciando é em grande parte cíclica. “Este período não é único na história. A cada três ou quatro anos, a China passou por miniciclos econômicos. A última vez que a China experimentou um grande ciclo de desalavancagem foi o período de 2012-2015, que resultou em quedas acentuadas no mercado de ações chinês”.

No entanto, a este ciclo de baixa seguiu-se um período de cinco anos de forte performance de mercado, “com o Índice MSCI China ganhando 160% durante esse período, superando os principais mercados, incluindo o S&P 500”, enfatiza o especialista.

Empresas chinesas avançam na indústria e no consumo

“A China está se destacando na manufatura e subindo de nível na cadeia de valor. O país investe mais em pesquisa e desenvolvimento do que os países da União Europeia, proporcionalmente ao PIB”, diz Zheng, que vê a liderança de Pequim em vários setores emergentes. “A China já é famosa pela montagem de celulares e computadores”. Mas também “deve superar as exportações de PCs e celulares com as de automóveis e energias renováveis neste ano”, podendo se tornar a maior exportadora de carros do mundo em 2023.

“Isso é uma grande mudança, pois há pouco tempo, os fabricantes chineses de peças para automóveis tinham dificuldade para competir no mercado interno”, ressalta o analista.

Essa transformação vai além dos carros. “Também vimos empresas chinesas ganharem espaço com máquinas para construção e equipamentos para trabalhos externos, graças à eletrificação”, afirma Zheng, confiante de que as empresas chinesas serão cada vez mais competitivas e globais.

O consumo ainda tem fôlego

Outro fator que pode impulsionar o crescimento do país é o poder de compra das famílias. “O consumo na China se recuperou da Covid mais devagar do que o esperado, mas a tendência de longo prazo não mudou, e continua forte”, destaca o gestor da T. Rowe Price.

“Os consumidores chineses estão mais ricos. A renda familiar per capita mais que dobrou nos últimos 10 anos. Mesmo com a economia mais fraca, a renda familiar cresceu 6,5% desde o começo do ano (até setembro de 2023). O consumo foi responsável por 95% do crescimento do PIB chinês no terceiro trimestre de 2023. A participação do consumo no PIB da China é de apenas 38%, contra 50%-70% das outras grandes economias”. Além disso, para o gestor, “as tensões geopolíticas atuais podem acelerar a transição da China para uma economia mais voltada ao consumo, o que, em nossa opinião, ajudará a criar relações comerciais mais equilibradas no futuro”.

As melhores oportunidades para os investidores

Assim, apesar do cenário econômico modesto, Zheng acredita que há muitas oportunidades de investimento na China.

“Os investidores – sugere - devem procurar empresas que consigam aumentar seus lucros de forma consistente. Essas oportunidades podem estar, por exemplo, nos setores de tecnologia e industrial, que se beneficiam dos avanços industriais e da transição verde. Nos setores tradicionais, como construção naval, serviços de petróleo offshore, cobre, etc., esperamos uma melhora no retorno sobre o capital investido, graças ao equilíbrio favorável entre oferta e demanda”.

Mas não é só isso. As características do mercado chinês podem revelar oportunidades interessantes além dos gigantes conhecidos por todos.

“A China ainda é um mercado muito ineficiente – analisa Zheng -, com investidores individuais representando cerca de 70% do volume de negociações. Eles mantêm os papéis por cerca de 16 dias, em média. Isso pode gerar distorções de preços amplas e rápidas. Para o mercado de ações chinês, também há um descompasso entre as oportunidades e a alocação de ativos dos investidores. Os fundos chineses tradicionais, em média, investem mais da metade do seu patrimônio em apenas 1% dos títulos. Os outros 98%-99% do universo acionário chinês provavelmente são ignorados. Em resumo, conclui o especialista da T. Rowe Price, “Acreditamos que há enormes oportunidades para gerar valor além das large caps bem conhecidas”.

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