(Reuters) - A Micron Technology (NASDAQ:MU) alertou nesta sexta-feira sobre um impacto maior na receita devido à proibição chinesa da venda de seus chips para as principais indústrias locais, derrubando as ações da fabricante de chips de memória em cerca de 2%.
A empresa disse que agora espera um impacto em cerca de metade de sua receita vinda das empresas sediadas na China, o que equivale a uma porcentagem de dois dígitos de sua receita total.
A Micron foi a primeira fabricante de chips dos Estados Unidos a ser alvo de Pequim depois que Washington impôs uma série de controles de exportação sobre certos componentes norte-americanos e ferramentas de fabricação de chips para garantir que eles não fossem usados para aumentar as capacidades militares da China.
A Administração de Segurança Cibernética da China disse em maio que a empresa falhou em sua revisão de segurança e impediu operadores de infraestrutura doméstica crítica de comprar os produtos da empresa. O órgão não forneceu detalhes sobre quais riscos encontrou nem quais produtos da Micron forma afetados.
A empresa disse nesta sexta-feira que a conclusão do regulador chinês "continua incerta e fluida".
A companhia também acrescentou que vários clientes, incluindo fabricantes de celulares, estavam sendo contatados por representantes do governo chinês sobre o uso futuro de produtos da Micron.
A receita da Micron vinda de empresas sediadas na China continental e em Hong Kong, incluindo vendas diretas e indiretas por meio de distribuidores, representa cerca de 25% de sua receita total.
A empresa disse no início do dia que investirá 4,3 bilhões de iuanes (603,8 milhões de dólares) nos próximos anos em sua instalação de empacotamento de chips na cidade chinesa de Xian, um movimento que o presidente-executivo Sanjay Mehrotra disse demonstrar o "compromisso inabalável da empresa com seus negócios na China e com a equipe."
(Reportagem de Chavi Mehta em Bengaluru)