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Neoenergia vende metade dos ativos de transmissão no País por R$ 1,2 b

Publicado 27.04.2023, 05:10
© Reuters.  Neoenergia vende metade dos ativos de transmissão no País por R$ 1,2 b
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Em uma operação de venda que se reflete em um duplo ganho para a Neoenergia (BVMF:NEOE3), a elétrica de origem espanhola anunciou a venda de 50% de seus ativos de transmissão operacionais para a Warrington Investment, controlada pelo fundo de investimentos GIC, de Cingapura, por um valor estimado em R$ 1,2 bilhão.

Além de embolsar esses recursos que vão reforçar o caixa da companhia, pelo acordo, a Neoenergia lançou as bases para a entrada de novos recursos em um futuro próximo e garantiu fôlego novo para continuar a expansão de sua carteira de projetos de transmissão nos próximos leilões.

Adicionalmente à venda, o acordo firmado nesta terça, 25, também estabeleceu que o GIC terá direito de primeira oferta em relação à potencial venda futura de 50% de participação em ativos de transmissão atualmente em construção pela Neoenergia, que somam 6.089 quilômetros de linhas.

Além disso, a Neoenergia e o GIC assinaram um contrato de desenvolvimento para a participação conjunta nos próximos leilões de transmissão no Brasil, incluindo o certame marcado para 30 de junho.

O anúncio da venda ocorreu antes do prazo inicialmente indicado pela direção da Neoenergia - até o fim de junho. Além de GIC, Itaúsa (BVMF:ITSA4), Caisse de Dépôt et Placement de Québec (CDPQ) e Ontario Teachers analisaram os ativos.

A aquisição ainda está sujeita à aprovação prévia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A estimativa é de que a transação deverá ser concluída no segundo semestre deste ano.

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Pelo acordo, será criada uma holding para abrigar os ativos de transmissão operacionais, na qual cada empresa terá metade do capital. A gestão física dos ativos, como operação e manutenção, continuará sob responsabilidade da Neoenergia. "Continuaremos implementando as melhores práticas de mercado e alcançando patamares de qualidade para a operação", disse o diretor-presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, em teleconferência com analistas e investidores na manhã de ontem.

Ele destacou que, embora esteja prevista a atuação conjunta no leilão que acontecerá em junho, nada impedirá que as sócias entrem nos certames independentemente. "A cada leilão eles vão avaliar o interesse de entrar conjuntamente nos leilões. Não temos obrigação de ir juntos aos leilões, mas temos interesse mútuo pensando em estrutura de capital para futuros sócios", disse.

Leilões

O próximo leilão de transmissão deve ofertar ao mercado nove lotes que somam 6.122 km de linhas de transmissão e 400 megavolt-amperes (MVA) em capacidade de transformação de subestações. O investimento previsto para a construção desses projetos é de R$ 15,8 bilhões.

Um segundo certame também já está marcado, para 31 de outubro, com expectativa de ofertar projetos que somam R$ 19,7 bilhões. Ainda está em gestação mais um leilão até o fim do ano. O governo tem dito que pretende leiloar mais de R$ 50 bilhões em projetos de transmissão somente em 2023.

Esses certames são uma boa oportunidade para os principais nomes do setor ampliarem o portfólio de ativos. No caso da Neoenergia, a ambição é limitada pelos elevados compromissos. A companhia se comprometeu com investimentos de R$ 25 bilhões dentro dos próximos três anos, iniciativas de crescimento orgânico em todos os seus segmentos de atuação.

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"Gostamos do acordo, uma vez que pode reduzir os requisitos de capital da empresa para novos projetos greenfield (ainda no papel) de transmissão, especialmente devido à relevância dos leilões programados", disseram os analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende. No entanto, eles ponderaram que, considerando o apertado balanço patrimonial da empresa, os investidores podem preferir ver a companhia usando o caixa adicional para desalavancar, em vez de entrar em novos leilões de transmissão.

Segundo cálculos do BTG, com a operação, a alavancagem financeira da empresa deve cair a 0,10 ponto, para 2,96 vezes. Os analistas do banco também salientaram que o valor do negócio foi mais elevado do que as estimativas da casa, que consideravam que 50% dos empreendimentos de transmissão operacionais da Neoenergia valiam R$ 979 milhões.

Para o Credit Suisse (SIX:CSGN), o valor da operação também foi mais alto do que o considerado como "justo". O analista Rafael Nagano destacou que, com a transação, a companhia pode reduzir sua alavancagem em cerca de 0,14 vez, com a desconsolidação dos ativos.

Próximos passos

Profissionais de mercado destacaram que a operação com o GIC foi mais um marco importante no plano de desinvestimentos da Neoenergia, depois da troca de ativos hidrelétricos com a Eletrobras (BVMF:ELET3), anunciada em dezembro passado. Seguem na fila a venda da usina termoelétrica Termope e os 10% de participação na Norte Energia, que administra a hidrelétrica Belo Monte. Esses movimentos potencialmente propiciam desalavancagem adicional.

Durante a teleconferência, Capelastegui afirmou que a companhia está confiante de que poderá avançar com o processo de venda da fatia em Belo Monte até o fim de 2023. Ele afirmou, porém, que ainda não há nada definido em relação a uma operação para se desfazer do ativo.

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A venda desse ativo é um desejo antigo da companhia, mas ainda não avançou por ser uma operação complexa, uma vez que a usina de 11.233,1 megawatts (MW) é frequentemente alvo de questionamentos de ambientalistas e do Ministério Público Federal (MPF), que conseguiu na Justiça interferir no funcionamento da hidrelétrica. Além disso, o empreendimento tem outros sócios, como a Eletrobras e a Cemig (BVMF:CMIG4) - esta também já manifestou interesse em se desfazer de sua participação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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