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Oi avança com oferta do BTG Pactual por fatia de 51% na área de fibra óptica

Publicado 27.07.2020, 10:29
© Reuters.
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Por Gabriel Codas

Investing.com - Nos primeiros negócios da sessão desta segunda-feira, as ações da Oi (SA:OIBR3) operam com valorização com notícias sobre ofertas para a rede móvel e para uma fatia de 51% na operação de fibra óptica. Assim, por volta das 10h35, os papéis ordinários, com maior volume de negociação, somavam 4,85% a R$ 1,73 e os preferenciais 5,62% a R$ 1,88.

Fibra

Na sexta-feira, o site do jornal Valor informou que a tele recebeu oferta do BTG Pactual (SA:BPAC11) por 25% do capital total e 51% do capital votante de sua rede de fibra óptica, segundo fontes ouvidas pelo Valor, sem revelar valores. Segundo o veículo, há cerca de dez proponentes para a compra de rede de fibra ótica da Oi, que entregaram suas propostas na semana passada. A proposta do BTG seria representante de um dos fundos de private equity sob sua gestão.

Batizada de InfraCo, a infraestrutura contém 400 mil quilometros de rede e vale R$ 25,5 bilhões, de acordo com a Oi. É um negócio rentável, com Ebtida em R$ 1,5 bilhão, mas que precisa de R$ 12 bilhões em quatro anos para expandir a rede onde a Oi não está presente. Após a venda do negócios, a tele pretende se manter como cliente da nova companhia.

De acordo com a Oi, o potencial comprador da parcela da InfraCo à venda deverá desembolsar, no mínimo, R$ 6,5 bilhões mais R$ 2,4 bilhões referentes à dívida da unidade, além de se comprometer a investir R$ 5 bilhões - no total, o negócio deve gerar R$ 13,9 bilhões no mínimo.

A oferta segue a expectativa do presidente da companhia, Rodrigo Abreu, de vender ainda este ano uma fatia da divisão de fibra óptica da Oi, conforme entrevista à Coluna Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, em 24 de junho. Além disso, o executivo revelou naquela oportunidade que as negociações já aconteciam há alguns meses antes e que esperava uma oferta vinculante no segundo semestre. A procura, segundo ele, é alta. Ele também destacou que existe um apetite pelos ativos de infraestrutura e telecomunicações por parte de investidores globais. Sem citar nomes, ele incluiu fundos soberanos, de pensão e private equity.

Segundo informações do jornal O Globo de 22 de abril, a Oi tinha 1 milhão de clientes para internet fixa via fibra óptica, contra 200 mil em julho de 2019, resultado de intensificação de investimentos na área ano passado para ampliar a base de clientes e alcance. Uma das estratégias dos investimentos é permitir o reuso de rede, facilitando a empresa de fazer uma ágil expansão dos serviços pelo Brasil afora, tanto na oferta de conexões de ultra velocidade, assim como na oferta de soluções corporativas.

Mas há um risco relevante no negócio, segundo o Valor. A rede faz parte dos bens reversíveis da Oi por ser usada na telefonia fixa e banda larga, e não há definição de regras pela Anatel para o fim das concessões de telefonia fixa em 2025. De acordo com o jornal, o BTG avaliou que vale a pena correr o risco, e colocaria Amos Genish, sócio do banco e responsável pelo BTG Digital, como presidente do conselho de administração e executivo da InfraCo para implantar modelo semelhante ao que fez na GVT.

Oi Móvel

O jornalista Lauro Jardim, do O Globo, informou mais cedo que o fundo Digital Colony, que ganhou exclusividade ne negociação dos ativos, teria perdido um dos seus trunfos na estratégia de compra de ativos.

A ideia do fundo era a compra da a infraestrutura para alugar para operadoras de telefonia celular. No entanto, a Claro não deve ser uma cliente em potencial.

De acordo com o colunista, a empresa mexicana chegou a conversar com a Highline no passado, mas optaram pelo consórcio com TIM (SA:TIMP3) e Telefonica (MC:TEF) Brasil (SA:VIVT4), informando a Digital Colony que não tem interesse num contrato de aluguel da base de ativos.

Já a Vivo e TIM foram sondadas para comprarem a base de clientes, mas não deram andamento às conversas.

Recomendação JP Morgan

O banco de investimento elevou a recomendação das ações da tele para "neutro", considerando apenas as ofertas de venda da rede móvel. O JPMorgan fixou o preço-alvo em R$ 1,70.

O cenário-base contempla a venda da rede móvel por R$ 17 bilhões, diminuindo para R$ 15,5 bilhões no cenário pessimista e aumentando para R$ 20 bilhões no otimista. Na rede de fibra óptica, o banco estima que o negócio saia por R$ 22 bilhões em seu cenário-base.

Desempenho das ações em 2020

A notícia de vendas de ativos está impulsionando as ações da Oi na B3. Os papéis ordinários fecharam a sessão desta sexta-feira com alta de 3,13% a R$ 1,65, com máxima em R$ 1,77, enquanto os preferenciais avançaram 5,95% a R$ 1,78, com pico em R$ 1,80. Durante a semana passada, acumularam ganhos respectivos de 36,36% e 21,09%. 

No ano, os papéis da Oi já chegaram ao fundo do poço devido à crise do coronavírus, com os papéis ordinários tocando a mínima de R$ 0,43 em 2020 e os preferenciais a R$ 0,73. No acumulado do ano, as ações estão no terreno positivo, com ganhos respectivos de  91,86% e 43,55% até a sessão de sexta-feira.

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