A Oi (BVMF:OIBR3)) (BVMF:OIBR4)) divulgou na última terça-feira (28) seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2022.
Receitas
A receita total foi de R$ 4,415 bilhão, um resultado que, segundo a Genial Investimentos, apura um avanço nos números residenciais. A fibra óptica do segmento registrou uma receita de R$ 851 milhões (avanço de 51,9% em um ano).
Ainda, as UGRs (unidades geradoras de receita) em fibra residencial atingiram 6,6 m (+40,7% A/A).
Ao mesmo tempo, a tendência de substituição de tecnologias antigas por mais modernas continuam, com a participação do cobre residencial em queda para R$ 131 milhões (-45,8% A/A).
No B2B, atingiu-se R$ 820 milhões (-6,8% A/A), resultado de uma queda de todas as linhas principais: Oi Soluções, Pequenas Empresas e Atacado, justificada em grande parte pelo cenário macroeconômico mais desafiador, com reduções de preços de renegociações de contratos de produtos legados com empresas e governos.
Porém, a parte de TI tende a ser um importante suporte com adição de valor através da evolução do seu portfólio de serviços e o incremento de novas soluções digitais, aponta a Genial Investimentos.
Custos
A empresa registrou custos de R$ 3,2 bilhões (-4,6% A/A), uma boa resposta na comparação anual, em vista os grandes esforços em redução de custos, simplificação de processos, aumento de eficiência e transformação digital, pontua a corretora.
As principais linhas afetadas por essas medidas foram pessoal e serviços de terceiros, mas foram parcialmente compensadas pelos maiores gastos com aluguéis e seguros (reajustes contratuais) e contingências, tributos e outros (menor recuperação de despesas no período).
EBITDA
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,3 bilhão (+9,9% A/A), foi marcado pela maior queda relativa dos custos frente à receita, com a Oi na obtenção dos frutos de suas políticas de reduções de gastos em meio a um período de grandes pressões inflacionárias, diz a Genial Investimentos.
Lucros
A empresa registrou um lucro líquido de R$ 1,782 bilhão.
Recomendação
Em razão disso, a Genial Investimentos elevou sua recomendação de manter para compra dos papéis.
A alteração do rating foi muito mais baseada na forte desvalorização da ação ao longo do ano, ao mesmo tempo em que os grandes riscos regulatórios foram superados e a questão da dívida passa a ser endereçada.
Além disso, um dos principais entraves para investidores (a questão da recuperação judicial) parece ter uma saída cada vez mais processo, o que minimiza significativamente os riscos de falência.
A queda na participação da Oi na V.tal, onde a Genial Investimentos enxerga que seja a principal fonte de valor do que resta da Oi, fez com que revisitássemos o valuation da companhia,
Desse modo, sair de uma participação de 42,1% para 34,7% na V.tal, além de outros fatores, e tiveram um impacto de R$ 0,10 no preço-alvo.
Dessa forma, a Genial Investimentos agora sustenta uma recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 1,10 (potencial de valorização de +103,7%).