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Perto de entrar em operação, 1ª termelétrica com gás do pré-sal já projeta expansão

Publicado 16.11.2023, 16:11
© Reuters. REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A usina termelétrica Marlim Azul (BVMF:AZUL4), a primeira a usar gás do pré-sal para geração de energia, deve entrar em operação comercial até o fim deste mês e já se prepara para uma futura expansão que poderá dobrar sua capacidade instalada, disse à Reuters o CEO da companhia.

Localizado em Macaé (RJ), Marlim Azul é um projeto de uma joint-venture formada por Pátria Investimentos, Shell (NYSE:SHEL) e Mitsubishi Power, e foi contratado em um leilão de energia realizado pelo governo em 2017.

Com 565 megawatts (MW) de capacidade instalada, a usina recebeu cerca de 500 milhões de dólares em investimentos e será movida a gás natural da Bacia de Santos, que chega à costa por meio de um gasoduto e é processado na unidade de Cabiúnas (UTGCAB), também em Macaé.

Após um atraso do empreendimento, principalmente em função da pandemia, os últimos testes para permitir a entrada em operação deverão iniciados nesta semana, e a expectativa é de que a agência reguladora Aneel possa emitir a autorização final na semana que vem, disse Bruno Chevalier, CEO da empresa responsável pela usina.

Segundo o executivo, a termelétrica e sua infraestrutura já foram construídas pensando em uma futura expansão, com 620 MW adicionais, mas seguir com esse projeto dependerá de se conseguir o fornecimento de gás com custo competitivo, o que tem se mostrado mais desafiador em um cenário de preços do insumo mais elevados e de competição pelo suprimento com a indústria.

"O gás agora é um bem escasso, tem um preço mais elevado. E com esse preço mais elevado fica difícil viabilizar a energia."

"A linha de transmissão já foi feita para outro projeto, o gasoduto já foi feito para expansão, a captação de água e adutora, o terreno ao lado está terraplanado... No fundo, está tudo pronto para expansão, mas ainda falta viabilizar o gás", acrescentou.

Chevalier afirma que o grupo considera participar do próximo leilão de reserva de capacidade, que deverá ofertar contratos de longo prazo para projetos termelétricos, previsto para 2024.

No entanto, ele lembra que, devido à postura mais conservadora dos sócios do projeto, ainda seria necessário fechar a equação da contratação do gás antes do certame.

"Posso dizer que a gente vai fazer uma tentativa... Temos interesse (no leilão)."

MAIS DESPACHO

Por usar gás do pré-sal, que tem fluxo constante, Marlim Azul foi projetada para ter elevado nível de despacho pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afirmou Chevalier.

O contrato da usina prevê inflexibilidade de 50% no período chuvoso --isto é, será acionada mesmo quando a geração hidrelétrica é mais intensa e o sistema precisa menos das termelétricas.

"No período seco ela já vai ser chamada (pelo ONS), a forma que temos de garantir que ela vai ser chamada é colocando o CVU (custo) muito competitivo... No final ela vai estar despachando praticamente o ano inteiro", disse Chevalier, acrescentando que o CVU da usina, que está hoje em cerca de 170 reais MW/h (corrigidos desde o leilão), é um dos mais baratos do sistema brasileiro.

Ele avaliou ainda que, com a recorrência cada vez maior de eventos climáticos extremos, como as ondas de calor que atingiram o país desde setembro, as termelétricas vão se mostrar importantes para assegurar o fornecimento de energia.

"Vejo (as termelétricas) com um papel importante nesse tipo de situação. Cada vez é mais difícil de operar o sistema, você tem mais renováveis que são intermitentes e situações extremas de clima, compatibilizar tudo isso é um desafio. Você ter termelétricas à disposição ajuda a operar, elas são uma segurança", avaliou.

© Reuters. REUTERS/Ricardo Moraes

Sobre o potencial desinvestimento do Pátria de Marlim Azul, Chevalier, que também cuida do portfólio de energia da gestora, disse que não há perspectiva de que isso aconteça no curto prazo.

"Ainda temos tempo de maturação, é um ativo ótimo... Temos que pensar na saída, mas estamos tranquilos quanto ao prazo."

 

(Por Letícia Fucuchima)

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