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Petrobras (PETR4): Com pressão de acionistas, novela dos dividendos continua

Publicado 11.03.2024, 14:09
© Reuters.
PETR4
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Investing.com – A falta de dividendos extraordinários da Petrobras (BVMF:PETR4) segue como foco das atenções dos investidores nesta segunda-feira, 11, após ter derrubado as ações no pregão da última sexta e ter feito a companhia perder R$55,3 bilhões em valor de mercado em um único dia após frustrar as expectativas dos acionistas. A novela dos dividendos da Petrobras continua, com novos capítulos – que podem ser alteradas após a reunião do dirigente da estatal, Jean Paul Prates, com o presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a tarde.

A gestão reforçou em call de resultados que os recursos não pagos seriam utilizados exclusivamente para possível remuneração de acionistas no futuro, conforme relatórios de analistas do Itaú BBA e do banco BTG (BVMF:BPAC11). Analistas dos dois bancos afirmaram que a administração mencionou a divisão do Conselho e que a proposta vencedora não seria a defendida pelo atual CEO. A Petrobras anunciou R$14,2 bilhões em dividendos para o trimestre, conforme regras de pagamento mínimo da companhia, mas não dividendos extraordinários.

Gestão rebate notícias veiculadas na mídia – decisão pode mudar?

Após notícias na mídia de que o presidente Lula teria dado a direção para o não pagamento de proventos, Prates disse o contrário, que o presidente brasileiro não teria dado a ordem, conforme entrevista concedida para o G1. Segundo ele, a conversa com Lula já estava agendada hoje, e não teria sido convocada após a derrocada dos papéis. Agora, a empresa ainda vai verificar como deve atuar com os valores que, segundo ele, “não podem ser usados para outra coisa”. A proposta do atual CEO teria sido de pagamento de 50% dos valores adicionais que sobraram livres no caixa após o pagamento dos dividendos regulares, iniciativa que foi derrubada no Conselho.

Apesar da fala de Prates, apuração da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, indica diferente: que Lula teria atuado pessoalmente sobre o assunto. Com a pressão, é possível que grupo de conselheiros ligado ao governo possa rever o voto de dividendos, de acordo com o Estadão. O governo vem se articulando sobre o tema desde o final de semana, com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A percepção seria de que o plano estratégico da companhia da empresa não depende desta retenção, apesar da resistência de alguns membros do governo, principalmente do ministro Casa Civil, Rui Costa, conforme apuração do Estadão

Pelas regras da Petrobras, os valores não podem ser usados diretamente para realização de investimentos. No entanto, o jornal O Globo aponta que o grupo do Ministério de Minas e Energia (MME) buscaria manter os recursos em caixa para ajudar a estatal a obter financiamentos em condições melhores. A coluna disse que Prates teria dado explicações aos acionistas da empresa, após se abster de votar sobre o tema. Prates também buscou desmentir essa notícia e afirmou que não concedeu qualquer explicação a acionistas minoritários.

“A companhia refuta a insinuação de que o presidente e o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sérgio Caetano Leite, tenham feito um acordo com investidores para pagamento de dividendos extraordinários”, destaca a empresa em comunicado ao mercado. “A Petrobras destaca também que é inverídica a informação que o presidente Jean Paul Prates tenha colocado o cargo à disposição em função da questão ou de qualquer outro tema”, completa.

O que dizem os analistas

Em relatório divulgado pelo BTG intitulado “acumular dinheiro: uma bênção ou uma maldição?”, os analistas mencionam “os problemas do dinheiro abundante” da Petrobras. De acordo com os analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Henrique Pérez, as informações repassadas na conferência de resultados não teriam sido suficientes para aliviar a maioria das preocupações do mercado.

O BTG afirma que mantém a recomendação de compra para ações “por enquanto”, com preço-alvo de US$19, pois enxerga que “mudanças significativas no estatuto social e na gestão seriam necessárias para que a remuneração dos acionistas caia substancialmente”, ao alertar que os riscos aumentaram, incluindo o de governança corporativa, o que pode prejudicar a tese.

“É relativamente claro que o governo (pelo menos por enquanto) vê o pagamento de mais dividendos como algo que compromete a Petrobras”, concluem, ao indicar que as ações seguem baratas, mas questionar se estariam baratas o suficiente diante dos últimos anúncios.

O Itaú BBA também comentou sobre o assunto, mas ponderou que qualquer expectativa no momento é mera especulação. “Os conselheiros solicitaram uma análise mais aprofundada do assunto, e após a conclusão desta análise, o conselho poderá eventualmente decidir distribuir os recursos a qualquer momento durante o ano, embora não haja prazo para o conselho revisar essa decisão”, reforçam os analistas Monique Martins Greco Natal, Bruna Amorim e Eric de Mello.

O Itaú BBA possui classificação market perform, equivalente à neutra, para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$38. Para as ADRs no mercado americano, o preço-alvo é de US$14,5.

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