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Resumo da Semana: Mercado espera resultados concretos do governo Temer

Publicado 13.05.2016, 18:18
© Reuters.  Resumo da Semana: Mercado espera resultados concretos do governo Temer
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Após meses de incerteza e uma crise política que se arrasta há anos, o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff por até 180 dias ao receber o processo do impeachment. O resultado de 55 votos a favor aponta que a saída da presidente é uma questão apenas de tempo, já que a maioria absoluta de dois terços dos senadores já está definida.

A saída de Dilma do Palácio do Planalto marca o fim de 13 anos do Partido dos Trabalhadores à frente do governo. A primeira parte, com o ex-presidente Lula, foi amplamente apoiada pelo empresariado, especialmente até a crise de 2008, até quando houve o boom das commodities, inflação controlada e superávits fiscais.

O fim do governo da presidente afastada pode representar um retorno da confiança dos empresários no futuro da economia. Dilma fortemente criticado pelos agentes financeiros após anos de interferência na economia, negligência no combate à inflação e o descontrole das contas públicas, que levaram o país a dois anos seguidos de recessão da casa de 4% e inflação de dois dígitos.

O presidente interino Michel Temer fez um largo aceno ao mercado ao tomar posse nesta quinta-feira (12/5) reforçando seu compromisso com o controle das contas públicas e em criar um ambiente favorável de negócios. Temer também prometeu turbinar as concessões em seu governo, que passam a ser coordenadas por seu grande aliado Moreira Franco.

O ministério formado por políticos – diversos já citados na Lava Jato – antigos aliados do PT e da oposição ficou menor, com 25 pastas. Temer poupou a área econômica das barganhas políticas e deu posse a Henrique Meirelles na Fazenda, que ganhou autonomia para montar sua equipe.

Meirelles, em sua primeira entrevista coletiva, informou que irá rever a meta fiscal, para abranger um déficit público maior do que os R$ 96 bilhões estimados pelo governo Dilma. A expectativa do novo governo é aprovar no Congresso o novo valor já na próxima semana. O executivo também indicou que novas medidas deverão ser tomadas e não descartou o aumento de impostos e uma profunda revisão nos programas sociais.

Mercado

Ibovespa. O mercado financeiro que já havia precificado a troca de governo realizou lucros e fez o Ibovespa terminar a semana praticamente estável, com ganhos de 0,07%. É a nona semana consecutiva de alternância entre altas e baixas.

O caminho para a estabilidade na semana não foi simples. O mercado tomou um susto na segunda-feira quando o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, anulou a votação do impeachment, decisão fortemente contestada pela oposição e ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que manteve o cronograma de votação.

Dólar. A moeda subiu 0,8% frente ao real e fechou a semana negociada a R$ 3,53. O Banco Central voltou a interferir fortemente no mercado com a venda de grandes quantidades de swaps cambiais reversos, forçando a divisa para a casa dos R$ 3,50. Durante a semana, o dólar oscilou entre R$ 3,4378 e a máxima de R$ 3,67 por alguns minutos com o pânico provocado pela suspensão do impeachment na segunda-feira. No fim da semana, dados de crescimento do varejo norte-americano acima do previsto valorizaram o dólar globalmente, ajudando os ganhos da moeda frente ao real.

Empresas

Petrobras (SA:PETR4). As ações da companhia cederam 6% na semana com a realização de lucros frente às valorizações das semanas anteriores. O noticiário da empresa foi intenso com a divulgação de prejuízo de R$ 1,25 bilhão no primeiro trimestre, contrastando com bons dados operacionais de geração de caixa e redução de custos. A estimativa é que a Petrobras termine o ano com caixa de US$ 21 bilhões. A petroleira também aprovou a venda das subsidiárias da Argentina e do Chile e confirmou a negociação com a Brookfield (SA:BISA3) para venda de gasodutos por cerca de R$ 18 bilhões. Temer avalia a substituição do atual presidente da companhia, Aldemir Bendine, por um nome do mercado.

Vale. A mineradora sofreu com a forte desvalorização do minério na China e perdeu 12,5% na semana, que ainda contou com o corte de 40% e da recomendação de compra feita pelo Société Générale (PA:SOGN).

Eletrobras (SA:ELET3). A elétrica enfrenta um período delicado com a incapacidade de publicar seu balanço por não receber a assinatura da auditoria. Após registrar prejuízo de R$ 3,89 bilhões no primeiro trimestre, a empresa poderá ter que pagar adiantadamente até R$ 40 bilhões em dívida se não negociar com credores o adiamento de seu balanço. A situação do caixa da empresa merece atenção, segundo analistas do mercado, e uma capitalização pode ser necessária no futuro.

JBS. O maior destaque positivo da semana no Ibovespa foram as ações da JBS SA (SA:JBSS3) que chegaram a disparar 24% com o anúncio de restruturação societária com a criação de uma marca global, sediada na Irlanda e listada em Nova York. Na semana, o papel subiu 18,6% mesmo após divulgar prejuízo de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre com perdas cambiais.

BRF (SA:BRFS3). Assim como sua concorrente, a exportadora também disparou com a notícia de que a empresa estaria nos planos de expansão da gigante norte-americana Tyson Foods. Executivos da companhia visitaram fábricas no Brasil e a aquisição de parte da BRF é vista positivamente pelo mercado. Na semana, a ação subiu 1,7%.

Commodities

Petróleo. A commodity testou novas máximas de seis meses, superando os US$ 47/b nos EUA e acumulou alta de 3,8% de segunda-feira a sexta-feira. Os analistas apostaram na subida do petróleo com dados de forte redução dos estoques norte-americanos e a queda da produção do país pela nona semana consecutiva.
Soja. A Abiove reduziu para 98,6 milhões de toneladas a previsão da safra deste ano. Já a Conab cortou para 96,9 milhões de toneladas por causa da seca.

Laranja. A safra deverá ficar 18% menor neste ano, com 245,8 milhões de caixas (40,8 kg cada) na temporada 2016/17, segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

Açúcar. A Datagro estimou a produção de 35,2 milhões de toneladas nesta safra.

Energia. A carga de energia elétrica subiu 4,9% em abril com o calor mais forte, segundo o ONS

Indicadores

IBC-BR. O Banco Central calculou que a atividade econômica brasileira retraiu -1,44% no primeiro trimestre.

Inflação. O IGP-M subiu 0,59% na primeira prévia de maio. O IPC-Fipe desacelerou para 0,38%, enquanto o IPC-S subiu para 0,64% na primeira quadrissemana.

PIB. A Zona do Euro cresceu 0,5%, menos do que os 0,6% projetados. A Itália aumentou 0,3% e a Alemanha, 0,7%. A Hungria cresceu0,9%.

Resultados

CSN (SA:CSNA3). Siderúrgica teve prejuízo de R$ 831 milhões e prevê aumentar novamente o preço do aço em junho.

Banco do Brasil (SA:BBAS3). O banco registrou queda de 59,5% no lucro, que fechou o período de janeiro a março em R$ 2,359 bilhões. O aumento de provisões contra calote, especialmente do setor de óleo e gás, pesou no balanço.

BB Seguridade (SA:BBSE3). Menor emissão de prêmios pesa sobre lucro, que ficou em R$ 958 milhões.

BTG Pactual (SA:BBTG11). Banco surpreendeu o mercado com lucro de R$ 1,071 bilhão no primeiro trimestre e anunciou que pretende liquidar empréstimo com o FGC após concluir a venda do BSI no terceiro trimestre.

CCR. Lucro cresceu 24,4% para R$ 247,5 milhões.

MRV. Lucro subiu 20,7% para R$ 128 milhões, com queda de 9,8% nas vendas.

Cyrela (SA:CCPR3). Lucro caiu 39% para R$ 69 milhões.

Equatorial. Elétrica perde R$ 13 milhões.

Copel. Lucro caiu 71% para R$ 136 milhões.

CPFL. Empresa lucrou R$ 232 milhões, alta de 63%.

Sabesp (SA:SBSP3). Lucro subiu 97,6% para R$ 628,8 milhões.

Gol. Aérea encerrou quatro anos seguidos de prejuízos trimestrais com lucro de R$ 757 milhões.

Tim. Telefônica tem queda de 60% no lucro, que fechou em R$ 128 milhões.

Oi. Empresa afundou seu prejuízo que foi a R$ 1,64 bilhão.

Marfrig (SA:MRFG3). Exportadora fechou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 106 milhões.

Ultrapar (SA:UGPA3). Lucro ficou estável em R$ 388 milhões.

Pão de Açúcar (SA:PCAR4). GPA tem prejuízo de R$ 59 milhões, com o avanço da perda do poder de compra das famílias.

Via Varejo (SA:VVAR11). Lucro desabou 98,7% com forte redução nas vendas. Resultado somou R$ 112 milhões.

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