Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Starbucks (NASDAQ:SBUX) caíam 7,2% por volta das 16h (horário de Brasília) de sexta-feira, após a rede de cafés anunciar que espera uma desaceleração significativa no crescimento comparável das vendas da mesma loja no ano atual financeiro, depois de um quarto trimestre fraco na China, seu maior mercado fora dos EUA.
Por aqui, os BDRs da companhia (SA:SBUB34) tinham baixa de 6,9%.
Segundo a Reuters, a empresa espera que as vendas globais comparáveis cresçam na ponte superior da faixa de um dígito em seu exercício atual.
As vendas na segunda maior economia do mundo diminuíram 7% nos três meses até setembro, em função das medidas restritivas novamente impostas pelas autoridades locais para conter uma nova propagação do coronavírus. Isso afetou as operações, bem como as visitas a suas lojas.
A empresa considera que as vendas globais comparáveis crescerão menos de 10% no exercício corrente, contra 20% em 2021. A margem operacional deve ser 17% menor, já que a companhia enfrenta custos de mão de obra mais altos, aluguéis mais caros e e matérias primas mais custosas. A empresa tem a meta de margem operacional de 18% a 19% até 2023.
Os investidores ignoraram o compromisso da rede de café com um programa de US$ 20 bilhões em recompra de ações e dividendos nos próximos três anos.
Kevin Johnson, CEO da empresa, disse à Reuters que a companhia está subindo seus preços e que continuará a fazê-lo em um ambiente inflacionário.
A queda das vendas na China compensou o crescimento das vendas na mesma loja de 22% dos EUA. No geral, as vendas na mesma loja aumentaram 17% e a receita subiu 31%, para US$ 8,1 bilhões, no quarto trimestre, mas isso não foi suficiente para superar as estimativas.
O lucro ajustado de US$ 1 alcançou as estimativas por pouco.
A empresa começará a aumentar os salários em etapas a partir de janeiro, disse em um comunicado.
A rede de varejo vai abrir 2.000 novas unidades em termos líquidos em todo o mundo em 2022, aumento em relação ao número de 1.173 em 2021, sendo cerca de 75% dessas lojas fora dos EUA.