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Statkraft prevê projetos híbridos de energia no Brasil em 2025 e testa baterias

Publicado 18.12.2023, 14:55
© Reuters. Turbinas eólicas e painéis solares vistos na China
29/10/2018
REUTERS/Stringer

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A geradora renovável Statkraft vai iniciar em 2024 a construção de seus primeiros complexos híbridos no Brasil, combinando as fontes de energia eólica e solar e testando baterias para otimizar a geração, disse o diretor-presidente da companhia no Brasil, Fernando De Lapuerta, em entrevista à Reuters.

Ao todo, a norueguesa Statkraft construirá 228 megawatts (MW) de geração solar fotovoltaica a partir do ano que vem nos parques Ventos de Santa Eugênia e Morro do Cruzeiro, ambos na Bahia, onde o grupo já tem eólicas em atividade.

Essas novas usinas deverão estar operacionais em setembro de 2025 e vão compor complexos de geração "híbrida", uma modalidade que é relativamente nova no Brasil e tende a ganhar mais atenção dos empreendedores no futuro.

"Nesse esquema híbrido, você consegue aproveitar a infraestrutura existente de (transmissão de energia de) projetos eólicos e também tem complementaridade entre as produções das duas fontes", ressaltou De Lapuerta, observando que as eólicas da região costumam gerar mais à noite, período no qual a geração solar não ocorre.

O Brasil ainda tem poucos complexos híbridos de geração de energia, já que uma regulamentação só saiu no final de 2021, mas várias empresas vêm estudando oportunidades de "hibridizar" seus projetos e otimizar custos e infraestrutura.

Neste ano, entraram em operação grandes projetos do tipo das empresas Auren Energia (BVMF:AURE3) e da Neoenergia (BVMF:NEOE3).

Os investimentos que serão realizados para erguer as usinas solares estão incluídos no total de 3,4 bilhões de reais já anunciados pelo grupo para o Brasil nos próximos anos, em plano que prevê ainda a implantação de 600 MW de eólicas.

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Os complexos híbridos vão contar ainda com um sistema de armazenamento de energia com baterias (BESS, na sigla em inglês), em um projeto piloto que visa dar mais "flexibilidade" aos parques, disse De Lapuerta.

"Vamos começar a testar projetos de baterias, como que antecipando futuras regulações e leilões de baterias que gostaríamos de participar", destacou.

O Ministério de Minas e Energia está estudando permitir que projetos de baterias e outras soluções de armazenamento possam disputar dois leilões previstos para 2024, em uma tentativa de agregar as novas tecnologias ao sistema elétrico brasileiro.

CRESCIMENTO NO BRASIL

A Statkraft, uma das maiores geradores renováveis da Europa, fez importantes movimentos para aumentar sua presença no Brasil neste ano, com destaque para a compra de usinas da EDP (BVMF:ENBR3) Renováveis e a incorporação de ativos no país detidos pela espanhola Enerfín, que foi adquirida pela matriz norueguesa.

Com isso, o grupo alcançou 2,0 gigawatts (GW) de capacidade instalada em geração renovável no Brasil, considerando projetos em construção e em operação.

"Foi um ano de transformação, que realmente fortalece a nossa posição aqui... o Brasil é um país prioritário para nós, é um mercado grande, com um setor elétrico em processo de liberalização... Tudo isso faz que seja um território ótimo para realizar investimentos de longo prazo", disse o diretor-presidente.

Segundo o executivo, a companhia pode continuar crescendo via aquisições, mas há um foco maior no lançamento de projetos "greenfields", isto é, que serão construídos do zero.

Ele admitiu que o cenário para empreendimentos está mais desafiador, tendo em vista a tendência de preços baixos da energia e aumento de custos para implantação de usinas, mas pontuou que a visão do grupo é de longo prazo.

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Ainda de acordo com De Lapuerta, a Statkraft estuda ampliar sua presença em hidrelétricas -- a fonte é a principal do portfólio internacional do grupo -- e avaliará eólicas offshore (no mar).

"A gente gosta da hidrelétrica, é a tecnologia 'core' da Statkraft... Estamos abertos e a incorporar hidrelétricas via M&A (fusões e aquisições, na sigla em inglês)."

Já no caso das eólicas no mar, o executivo afirmou que a companhia ainda está no estágio de "monitorar o mercado", especialmente o desenvolvimento da regulamentação no Brasil.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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