Investing.com – As ações da BRF (BVMF:BRFS3) têm aproveitado o 'bom momento' após o fundo saudita Salic e a Marfrig Global Foods SA (BVMF:MRFG3) se comprometeram com investimento de até R$ 4,5 bilhões na companhia, por meio de um eventual aumento de capital via emissão de ações a até R$ 9 por papel.
Em um cenário desafiador, com a queda das commodities agrícolas, a empresa de proteína animal busca alternativas para diminuir sua alavancagem e aumentar o caixa.
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Bull case, tese de alta de BRFS3
A notícia do aporte bilionário na BRF pela Marfrig e o fundo saudita Salic sinaliza um sinal positivo para o realinhamento do fluxo de caixa. No entanto, para Érica Arruda, assessora de investimentos e sócia da Acqua Vero e Vinícius Steniski, analista do TC, é preciso ter um otimismo 'cauteloso'.
Além disso, a venda de ativos é vista como positiva para aumentar o caixa, mas é preciso focar na performance para reduzir ainda mais a alavancagem, segundo Arruda. "É necessário estar atento aos eventos de risco, como, por exemplo, a gripe aviária ou a quebra de safra, que podem afetar as operações da empresa.", explica a assessora da Acqua Vero. Já para Steniski, do TC, a ação tem pouca margem para um retorno positivo neste momento. "Por mais que tenha um upside, já que recomendamos ela a R$10, há outras opções mais atrativas no mercado", completou.
Bear case, tese de baixa de BRFS3
A preocupação com o valor das commodities pesa também nas decisões dos analistas quando o assunto é preço. De acordo com Flávio Conde, da Levante, o problema da companhia é estrutural do setor e não algo ligado à gestão.
"Não recomendamos a ação da BRF faz muitos anos porque a gente sempre achou um setor muito difícil de ganhar dinheiro e arriscado. Nós somos de 2017, quando a empresa foi montada a ação já vinha com pico de R$ 65 em 2015. Na época, a gente já se preocupava com os custos de milho e soja, que já estavam ficando mais caros devido à demanda", relembra. De acordo com ele, a visão da Levante é de cautela, devido ao cenário incerto.
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