(Reuters) - A estatal venezuelana de petróleo PDVSA pediu a parceiros em ao menos meia dúzia de joint ventures que paguem pela nafta importada para produzir petróleo para exportação, em meio a uma forte queda nos preços do petróleo, segundo fontes e uma carta da empresa vista pela Reuters.
Ao menos alguns parceiros devem recusar o pedido, o que poderá fazer a PDVSA enfrentar obstáculos ainda maiores para importar diluentes e, consequentemente, para manter a produção de barris no cinturão de Orinoco, sua principal região produtora.
A PDVSA é responsável por fornecer a nafta, ou petróleo leve, necessária para diluir o petróleo super pesado produzido em Orinoco, segundo contratos assinados com parceiros estrangeiros que incluem Chevron, Repsol (MC:REP) e ONGC.
Mas a companhia agora pediu a alguns parceiros estrangeiros para cobrir os pagamentos até o final desde ano.
A PDVSA não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.
Com os diluentes importados sendo cada vez mais cruciais para transportar e colocar no mercado o petróleo venezuelano, em meio a declínios na produção própria de petróleo leve e pesado da PDVSA e paradas frequentes em refinarias, algumas empresas podem aceitar o acordo.
Mas duas fontes em empresas estrangeiras, que pela lei venezuelana só podem ter até 40 por cento em joint ventures, disseram que recusarão a proposta da PDVSA.
A PDVSA tem tentado cortar custos, mas o plano tem sido frustrado por uma queda do preço do barril exportado pela Venezuela para cerca de 24 dólares, o menor desde meados de 2003.
"Seria inconveniente para todos se as compras de diluentes fossem paralisadas, mas o jeito de resolver isso não é pedir mais dinheiro aos parceiros", disse um executivo que pediu para não ser identificado.
(Por Marianna Parraga em Houston; reportagem adicional da Redação em Caracas)