Investing.com – As ações da Vibra estavam entre as piores perdas do índice Ibovespa nesta segunda-feira, 27, em repercussão à proposta da Eneva (BVMF:ENEV3) para fusão das operações.
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Às 14h04 (de Brasília), as ações da Vibra recuavam 4%, a R$21,34, enquanto as da Eneva caíam 2,75%, a R$12,71.
“A troca de ações visaria criar um líder em transição energética, integrando gás da Eneva e clientes industriais da Vibra”, aponta a EQI Investimentos.
Em fato relevante, a Eneva informou que enviou proposta não-vinculante ao Conselho de Administração da Vibra para fusão das companhias.
“A proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas companhias, de forma que o conjunto de acionistas de cada companhia, ao término do processo, passe a deter 50% do total das ações da companhia combinada”, informou a Eneva no documento.
Segundo a Eneva, a fusão seria “uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias”. A medida ainda poderia “implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital”, completou.
A empresa de energia afirma que a eventual estrutura corporativa e administrativa garantiria “a integração das atividades da Eneva e da Vibra, a maximização das sinergias, a valorização dos colaboradores e o melhor aproveitamento das forças e dos talentos das companhias, resultando em uma empresa vitoriosa”.
Segundo a Genial Investimentos, se a proposta avançar, a medida seria positiva para ambas as empresas, “tendo em vista a complementariedade de negócios e eventuais sinergias a serem destravadas”.
A BB Investimentos, por sua vez, entende que haveria valor potencial e sinergias na transação. No entanto, pondera ser “necessário um olhar mais atento aos riscos e ao valuation da operação, na ótica dos minoritários da Vibra”, pois “a fusão é proposta como uma troca de ações 50%/50%, mas a Vibra tem um valor de mercado 23% superior ao da Eneva”.
“Em nossos cálculos, isso significa que para manter a proporção atual dos minoritários da Vibra na nova empresa, que tem market cap R$ 4,7 bilhões superior ao da Eneva, deveria haver diferença positiva de R$ 2,01 por cada ação da Vibra, para que fosse mantido um valor de mercado proporcional”, completa a BB Investimentos.