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Chineses da área de tecnologia abandonam cultura de trabalho de 72 horas por semana

Publicado 16.05.2019, 14:58
Atualizado 16.05.2019, 15:00
© Reuters.  Chineses da área de tecnologia abandonam cultura de trabalho de 72 horas por semana

Por Josh Horwitz

XANGAI (Reuters) - Por mais de seis anos, Qi Yaqian foi uma integrante orgulhosa da chamada tribo 996 de tecnologia da China, trabalhando à noite e aos finais de semana no Nuomi, um site de negócios em grupo.

Mas quando sua filial fechou em 2017, ela buscou uma carreira menos estressante. Ela agora mora em sua cidade natal no interior da Mongólia, onde aluga cabanas para turistas.

Qi não é a única jovem chinesa a questionar o valor de trabalhar longas horas no setor de tecnologia. Em abril, protestos de empegados do setor contra o excesso de horas extras surgiram online, provocando reação de magnatas como o bilionário Jack Ma, da gigante de e-commerce Alibaba.

Os protestos apontam para uma mudança de mentalidade na indústria de tecnologia, cuja inclinação por longas horas tem sido elogiada pelos executivos ocidentais como uma razão para a ascensão econômica da China.

Mas a mudança também pode ter um custo para as empresas, dizem investidores de risco e analistas. De acordo com o site de busca de emprego Maimai, a tecnologia foi o único setor entre os 13 pesquisados a ver mais pessoas saindo do que entrando entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019.

"Um dos maiores custos de uma organização é a alta rotatividade de funcionários. Uma cultura menos focada em horas também pode se tornar mais eficiente se o foco for voltado para saída versus entrada", disse Rui Ma, investidor que financiou startups na China e na América do Norte.

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O termo 996 refere-se ao trabalho das 9 às 21 horas, seis dias por semana. Para algumas empresas, o trabalho 996 tornou-se um distintivo de honra e os pesos-pesados do Vale do Silício, como Mike Moritz, da Sequoia Capital, destacaram-no como uma vantagem competitiva da China em relação aos Estados Unidos.

Mas uma reação ao 996 surgiu publicamente em abril, quando um grupo de programadores lançou um protesto online contra a prática. Os defensores do protesto publicaram uma lista de empresas que se envolvem em longas horas extras, que incluíam grandes nomes de tecnologia, como Baidu (NASDAQ:BIDU), Tencent, e o app de entregas Ele.me.

O protesto provocou um debate público sobre horas de trabalho na indústria de tecnologia da China e estimulou reações de pelo menos 10 magnatas chineses da tecnologia, incluindo Ma, que inicialmente defendeu a prática. A mídia estatal chinesa disse que o 996 viola as leis trabalhistas do país, que exigem uma semana média de trabalho de 44 horas.

Apesar de alguns retrocessos, os executivos estão céticos que a semana de trabalho de 996 está morta.

Por um lado, os empregados poderiam enfrentar uma repressão dos superiores se elevarem os protestos, mas de outro lado as empresas poderiam se tornar mais flexíveis, elevando salários e oferecendo benefícios adicionais, disse Ben Qiu, advogado de Loeb & Loeb, que assessora negócios de risco na China.

Críticos da prática argumentam que a cultura do 996 não é um bom presságio para o futuro do setor, especialmente se a China quiser ultrapassar concorrentes como os Estados Unidos.

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"Se o que você precisa da equipe é criatividade, precisa deixar sua equipe ir para casa, assistir a um filme, ir a um encontro, procurar uma livraria, viajar, descansar, criar filhos", disse Sun Fang, que implementou uma política estrita de "não há horas extras" em sua empresa de software XMind.

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