(Reuters) - Um tribunal russo ordenou nesta sexta-feira que Sergei Udaltsov, um proeminente ativista de esquerda, seja mantido em prisão preventiva até 15 de fevereiro sob acusação de justificar o terrorismo.
A agência de notícias estatal RIA disse que Udaltsov, um crítico de longa data do presidente russo Vladimir Putin que, no entanto, apoia a guerra na Ucrânia, havia dito a repórteres que as acusações estavam relacionadas ao seu apoio a membros de um grupo marxista na cidade de Ufa, no rio Volga, que foram acusados de terrorismo em 2022.
De acordo com a legislação russa, as acusações podem levar de cinco a sete anos de prisão.
Udaltsov é o líder da Frente de Esquerda, uma coalizão de grupos de esquerda russos afiliados ao Partido Comunista da Rússia. Sua esposa Anastasia é integrante comunista do Parlamento russo.
Udaltsov ganhou destaque durante os protestos de 2011-12 em Moscou após alegações de falsificação eleitoral generalizada e, na época, era aliado do crítico do Kremlin preso Alexei Navalny. Udaltsov foi preso em 2014 por organizar protestos e libertado em 2017.
Embora permaneça crítico em relação a Putin, Udaltsov, desde o início do conflito na Ucrânia, rompeu com antigos aliados da oposição ao apoiar a campanha militar do Kremlin.
(Reportagem de Felix Light (BVMF:LIGT3))