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ESPECIAL-Como aliados dos EUA estão se preparando para possível segundo mandato de Trump

Publicado 24.04.2024, 12:04
© Reuters. Donald Trump embarca no Eastern Iowa Airport após evento de campanha
 7/10/2023    REUTERS/Jonathan Ernst

Por Alexander Ratz, Diego Oré e Gram Slattery

BERLIM/CIDADE DO MÉXICO/WASHINGTON, 24 Abr (Reuters) - A Alemanha está realizando uma ofensiva dentro do Partido Republicano. O Japão está preparando interlocutor com Trump. Autoridades do governo mexicano estão conversando com aliados de Trump. E a Austrália está ocupada elaborando leis para ajudar a tornar Trump à prova de seus laços de defesa com os Estados Unidos.

Em todos os lugares, aliados dos EUA estão tomando medidas para defender ou promover seus interesses caso o ex-presidente Donald Trump retorne ao poder nas eleições de novembro, o que é uma chance provável com base nas recentes pesquisas de opinião em Estados decisivos.

Eles querem evitar o revés que as políticas "America First" de Trump lhes deram da última vez, que incluíram guerras comerciais, abalo nas alianças de segurança, repressão à imigração e retirada de um acordo climático global.

A Reuters conversou com diplomatas e autoridades governamentais em cinco continentes sobre os preparativos para Trump 2.0. O conteúdo revelou deliberações mexicanas sobre um novo ministro das Relações Exteriores com experiência em Trump, o papel de um enviado australiano na corrida para proteger um acordo de submarinos e conversas de uma autoridade alemã com governadores de Estados republicanos.

Alguns líderes estrangeiros entraram em contato com Trump diretamente, apesar do risco de irritar seu rival nas eleições, o presidente democrata Joe Biden. O príncipe herdeiro da Arábia Saudita telefonou recentemente para Trump, segundo uma fonte com conhecimento da conversa; enquanto o primeiro-ministro da Hungria e o presidente da Polônia se encontraram pessoalmente com ele nas últimas semanas.

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O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, também conversou com Trump este mês no resort do republicano na Flórida. Posteriormente, ele disse a repórteres em Washington que sua reunião foi um jantar privado em que discutiram sobre Ucrânia, guerra Israel-Gaza e futuro da Otan.

A Casa Branca encaminhou à Reuters comentários da porta-voz Karine Jean-Pierre, nos quais ela disse que reuniões como a realizada por Cameron não eram incomuns. Ela se recusou a responder perguntas sobre o encontro de Trump com Orbán ou sobre o telefonema saudita, que foi relatado pela primeira vez pelo New York Times.

O escritório de mídia do governo saudita e a campanha de Trump não responderam aos pedidos de comentários sobre a ligação.

A campanha disse que ele discutiu questões de segurança com cada um dos líderes europeus, incluindo uma proposta do presidente polonês Andrzej Duda de que os membros da Otan gastem pelo menos 3% do produto interno bruto em defesa. Atualmente, eles pretendem gastar 2%.

Jeremi Suri, historiador presidencial da Universidade do Texas, afirmou que as reuniões entre candidatos e diplomatas são normais, mas que o encontro de Trump com Orbán e o telefonema com Mohammed Bin Salman, da Arábia Saudita, foram incomuns.

Brian Hughes, assessor de Trump, disse: "As reuniões e telefonemas de líderes mundiais refletem o reconhecimento do que já sabemos aqui. Joe Biden é fraco e, quando o presidente Trump for empossado como o 47º presidente dos Estados Unidos, o mundo estará mais seguro e os Estados Unidos serão mais prósperos".

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A campanha não respondeu em detalhes às perguntas sobre as outras descobertas desta reportagem, mas a porta-voz da campanha, Karoline Leavitt, declarou: "Os aliados dos Estados Unidos estão esperando ansiosamente que o presidente Trump seja reeleito."

"DIPLOMACIA DE DESVIO" DA ALEMANHA

Grande parte do contato com Trump tem sido menos direto do que reuniões com o candidato.

A Alemanha vem construindo pontes com a base republicana de Trump em nível estadual, lembrando às autoridades do partido que ela investe pesadamente na indústria norte-americana.

Ciente de que Trump ameaçou impor tarifas punitivas sobre a indústria automobilística alemã quando era presidente e agora quer impor uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações se voltar ao cargo, a Alemanha está usando um coordenador transatlântico para se preparar para Trump 2.0.

Como coordenador, Michael Link está liderando o que Berlim chama de "diplomacia de desvio", atravessando a união, visando os Estados em que a Alemanha é um grande investidor.

"Seria extremamente importante, se Donald Trump fosse reeleito, evitar as tarifas punitivas que ele está planejando sobre os produtos da UE", disse ele à Reuters.

Link também tem se reunido com autoridades democratas, mas sua prioridade é fazer lobby com aqueles que podem influenciar Trump.

A Reuters não conseguiu determinar se Trump estava ciente da abordagem de Berlim.

 

ROSTOS AMIGOS DE TRUMP

No México, autoridades do governo têm se reunido com pessoas próximas a Trump sobre questões como imigração e tráfico de fentanil, um opioide sintético, para os Estados Unidos, ambas questões em que o México poderia enfrentar mais pressão dos EUA sob outro governo Trump, de acordo com duas fontes baseadas no México.

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Trump disse que ordenaria que o Pentágono "fizesse uso apropriado de forças especiais" para atacar a liderança e a infraestrutura dos cartéis, o que dificilmente receberia a bênção do governo mexicano.

As autoridades mexicanas também discutiram acordo de livre comércio da América do Norte, reformulado pela última vez durante a Presidência de Trump em 2020 e que deverá ser revisto em 2026, acrescentaram as fontes. Trump elogiou a reformulação desse acordo em comentários públicos recentes.

E, em um sinal de como os relacionamentos pessoais são importantes para Trump, o partido governista do México está considerando candidatos alternativos para nomear como próximo ministro das Relações Exteriores, a depender de Trump ou Biden mais propenso a vencer, disseram duas fontes familiarizadas com as deliberações.

 

ARTICULADOR JAPONÊS

Para reforçar seu compromisso diplomático com o campo de Trump, o Japão está se preparando para enviar Sunao Takao, um intérprete formado em Harvard que ajudou o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe a criar laços com Trump durante jogos de golfe.

Outro ex-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, encontrou-se com Trump em Nova York na terça-feira, de acordo com um funcionário da campanha.

O aliado mais próximo dos Estados Unidos na Ásia teme que Trump possa retomar o protecionismo comercial e exigir mais dinheiro para a manutenção das forças norte-americanas no Japão, segundo autoridades do governo.

O Partido Trabalhista do Reino Unido, agora na oposição, mas forte favorito para vencer as eleições esperadas para o final do ano, pode ter uma colina mais íngreme para escalar para alcançar um bom relacionamento com um governo Trump.

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O ministro das Relações Exteriores indicado pelo Partido Trabalhista, David Lammy, escreveu certa vez na revista Time que Trump era um "sociopata neonazista que odeia mulheres". Lammy está agora trabalhando para criar laços com os republicanos, disse uma autoridade trabalhista.

 

ANSIEDADE NA AUSTRÁLIA

O embaixador da Austrália nos EUA, Kevin Rudd, recentemente atraiu a ira de Trump por causa de críticas anteriores ao ex-presidente.

Em uma entrevista transmitida no mês passado, Trump disse que tinha ouvido falar que Rudd, ex-primeiro-ministro, era "um pouco desagradável" e que: "Se ele for hostil, não ficará lá por muito tempo".

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, defendeu Rudd, dizendo que ele permaneceria como embaixador se Trump voltasse ao poder.

Nos bastidores, Rudd está tentando proteger um importante acordo de defesa de ser desfeito por Trump, disse uma fonte diplomática baseada na Austrália.

O governo Biden concordou em ajudar a Austrália a dar o primeiro passo para desenvolver uma frota de submarinos movidos a energia nuclear, vendendo a Camberra de três a cinco submarinos de ataque da classe Virginia.

Rudd pressionou Canberra a agir rapidamente na promulgação de uma legislação que a aproxime dos padrões de controle de armas dos EUA e estabeleça um órgão especial de segurança nuclear, na esperança de tornar a venda mais difícil para Trump desfazer, segundo a fonte.

A embaixada não quis comentar. Canberra não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Michael Shoebridge, da Strategic Analysis Australia, disse que o "America First" de Trump ainda poderia afundar o acordo.

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"Todas as alavancas estão lá para que Trump diga: 'a Marinha dos EUA não tem o suficiente, então a Austrália não recebe nenhum'", afirmou o especialista em defesa.

A Reuters não conseguiu determinar a opinião de Trump sobre o assunto. Ele não levantou nenhuma preocupação sobre o acordo durante a campanha.

Uma maneira discreta de os aliados dos EUA influenciarem Trump é por meio de lobistas, especialmente se eles quiserem ser discretos.

Uma ex-autoridade do governo sul-coreano, agora baseada em Washington, disse que o governo Biden estava observando os governos estrangeiros de perto e que Seul preferia entender o pensamento de Trump por meio de empresas de lobby de uma "maneira furtiva".

(Reportagem adicional de Andreas Rinke em Berlim, Lewis Jackson em Sydney, Andrew MacAskill em Londres, Ju-min Park e Cynthia Kim em Seul, John Geddie em Tóquio, Simon Lewis e Jeff Mason em Washington, Stephen Eisenhammer na Cidade do México, David Lewis em Nairóbi e Ange Kasongo em Kinshasa)

Últimos comentários

Predador, lascador, eliminador de pedofilos, terroristas, o sistema odeia gente assim
A esquerda se borra !!!!
Com a situação de descaso do governo Bidê com as polícias internas e excesso de financiamento para guerras onde Ucrânia já era, Israel sentindo o desprezo dos americanos internamente, e com a galera do Trump sentando no grosso não duvido que EUA ainda termine o ano com uma guerra civil
Planeta ja sabe que TRUMP vai ser o proximo presindente dos USA, quem nao vai gostar é o LADRAO do LULA
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