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ETFs – Análise do Sobe-e-Desce do Mercado

Publicado 29.05.2020, 09:01
Atualizado 11.10.2023, 23:02

Nesta semana, vamos analisar o mercado brasileiro de ETFs – Exchange-Traded Funds. Como o termo em inglês indica, ETFs são fundos negociados na B3 (SA:B3SA3) que procuram seguir um índice de referência. Em geral, representam estratégias passivas e claras, acompanhadas de taxas de administração extremamente baixas (PIBB11, por exemplo, cobra apenas 0,059% ao ano). Além disso, ETFs abrem caminho para pequenos investidores terem carteiras diversificadas com uma única e simples operação (e, novamente, a baixíssimo custo se comparado, por exemplo, com fundos de ações ou mesmo de renda fixa).

Ao todo são 23 ETFs na B3, dos quais 17 são de renda variável e 6 de renda fixa. O mercado é altamente concentrado, com 12 ETFs do Itaú (SA:ITUB4), 5 da gigante Blackrock e 3 do Bradesco (SA:BBDC4). Banco do Brasil (SA:BBAS3), Caixa e a “bem-vinda intrusa” Mirae Asset completam a lista. O Ibovespa é o índice mais seguido, por 4 ETFs: sua popularidade parece ter se sobressaído à sua performance ineficiente (o Ibovespa é um índice pouco diversificado e altamente concentrado, mas isso é papo para outra coluna). Veja a lista completa abaixo com diversas informações que coletei para facilitar. Chama a atenção o intervalo em que as taxas de administração se encontram: de 0,059% a 0,60% ao ano.

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Segundo dados mais recentes disponibilizados pela B3, o volume médio diário de ETFs negociados já atinge R$ 2 bilhões, com aproximadamente 200 mil investidores. O ETF mais líquido, bastante a frente dos outros, é o BOVA11, da Blackrock. Ele segue o Ibovespa e cobra apenas 0,3% ao ano de taxa de administração. Cabe lembrar que o BOVB11 (Bradesco) segue o mesmo índice, com taxa menor (0,2%), mas ainda com bem menos liquidez no mercado (até porque foi lançado em 2019). A tabela abaixo mostra retornos e volatilidades de todos os 23 ETFs em 2020, calculados com base no fechamento do mercado do último dia 26. Perceba que, de forma natural, os ETFs de renda fixa apresentam volatilidades em patamares nitidamente abaixo dos ETFs de renda variável.

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Os cinco ETFs que mais se desvalorizaram em 2020 são: SMAC11 (-34,6%), FIND11 (-33,1%), SMAL11(-32.6%), ECOO11 (-32.4%) e BBSD11 (-26,5%). Note que dois deles seguem o índice small cap da B3 (SMLL), o que mostra que empresas menores foram mais afetadas pela crise: via de regra, grandes empresas demonstram maior robustez e maior capacidade de geração de caixa neste momento de isolamento social.

Além disso, SMAC11 e SMALL11 foram os mais voláteis (4,2% e 4,5% ao dia) dentre todos os ETFs. Com segunda pior rentabilidade, o FIND11 segue o índice financeiro (IFNC), que representa os setores de intermediários financeiros, serviços financeiros, previdência e seguros: este setor tem boa parte de suas receitas originadas de vendas face-to-face e com maior dificuldade relativa para transferir vendas para o online.

A seguir, o ECOO11 segue o índice Carbono Eficiente (ICO2), que representa um grupo de empresas que se destacam pela transparência e boas práticas ambientais. Com a quinta pior rentabilidade em 2020, o BBSD11 segue o índice S&P Dividendos Brasil (SA:BBSD11), que abrange as ações mais pagadoras de dividendos no mercado brasileiro: tais empresas, conhecidas como cash cows por pagarem dividendos constantemente, mantêm saldos de caixa relativamente menores e são, em consequência, mais impactadas em momentos de altíssima iliquidez no mercado (o outro ETF baseado em empresas pagadoras de dividendos,DIVO11, caiu de maneira similar: -25,9%).

Na outra ponta, temos sete ETFs com rentabilidade positiva em 2020: SPXI11 (24,6%), IVVB11 (24,1%), IB5M11 (9,2%), IMBB11 (8,3%), FIXA11 (5,7%), IRFM11 (2,8%) e B5MB11 (0,3%). Ressalto que cinco deles são ETFs de renda fixa, segmento que tem apenas um ETF ainda em terreno de desvalorização em 2020: IMAB11. Aliás, é bastante curioso notar a diferença de rentabilidades e volatilidades em 2020 entre o IMAB11 (-3,4% com 1,47% a.d.) e o IMBB (8,3% com 0,79% a.d.), em que pese ambos terem como base o mesmo índice (IMA-B).

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Também deve-se enfatizar que, de forma bastante díspar, os dois ETFs de melhores rentabilidades em 2020 são do segmento de renda variável e seguem o mesmo índice: S&P 500. Como tal índice está em moeda americana, os dois ETFs se beneficiaram da fortíssima alta do dólar em relação à moeda brasileira, o que explica seus retornos destacados. Outro ponto interessante é que suas volatilidades (2,85% e 2,83% a.d.) são menores do que dos outros ETFs de renda variável. Isso se explica por duas razões: a primeira é que o S&P 500 é historicamente menos volátil que a nossa bolsa brasileira; a segunda é que existe um hedge natural desse ETF pela correlação histórica negativa entre a bolsa americana e a taxa de câmbio US$/R$ (quando as bolsas mundiais caem muito, o dólar sobe, amortecendo a queda do ETF, que é cotado em reais).

Por fim, gostaria de pontuar que esses dois ETFs se apresentam como ótimos instrumentos para aqueles que desejarem investir na bolsa americana. Esses ETFs são investimentos baratos (0,21% e 0,24% de taxa de administração) e bastante acessíveis para investidores que desejam acompanhar o dólar com exposição a uma carteira de 500 ações listadas nos EUA: diversificar nunca foi tão fácil e barato.

Forte abraço a todos!

* Carlos Heitor Campani é PhD em Finanças, professor do Coppead/UFRJ e especialista em investimentos, previdência privada e pública e finanças pessoais e públicas. Ele pode ser encontrado em seu site pessoal e nas redes sociais @carlosheitorcampani

Últimos comentários

Excelente explicaçao. IVV e SPX valem a pena. Estou dentro.
Parabéns muito bom texto.
Parabéns materia publicada
estou de olho no IVVB11, o que pesa contra e não ter dividendos...
Otima materia!!! Parabens!!
estou lendo só agora, mas a explicação é ótima, didática e realista. Concordo que um etf em dólar, que segue o sp500, além de ter taxas administração bem inferiores, tem o hege dólar. a minha dica é esperar o sp500 fazer um pull back e entrar, porque o cenário vem positivo pro sp500.
boa tarde, voce sabe o volume de negociacao desses ETFs?
Boa tarde, voce sabe o volume de negociacao desses ETFs?
Obrigado pelo texto.
excelente artigo, meus parabéns  e obrigado pelas dicas!
Boas dicas!
Bem que a BlackRock poderia criar um ETF alavancado aqui no Brasil.
excelente artigo. parabéns
Muito bom!
Ótimo texto: boas informações e objetivo!
Excelente explanação sobre diversificação sem se expor ao come cotas dos fundos de investimentos.
Sim, verdade Heverton e obrigado. E ressalto que FIAs (Fundos de Investimentos em Ações) também não têm come-cotas.
bom texto, ajudou!
Obrigado pelo texto!
bom texto..
muito bom artigo!!aprendi várias coisas interessantes !👏👏
Muito bacana o escritor vir e responder perguntas dos leitores (por mais simples que sejam), ato de nobreza. Parabéns pelo artigo Campani.
Muito obrigado Welington. Para mim, é uma honra ter perguntas e uma grande oportunidade para dividir o que aprendi ao longo da minha vida. E, acima de tudo, um dever que eu tenho para com a nossa sociedade. Muito obrigado. PS. Eu já respondi à pergunta do Marcos Oliveira, mas estranhamente não apareceu ainda.
Tabela com linha preta e fonte preta pô!
Isso acontece se você utiliza o padrão de visualização escuro no celular, aconteceu comigo tbm. O App é ligeiramente limitado em comparação ao site. No site aparece de boas!
IVVB11 gera imposto de renda sobre o ganho independentemente do montante??? Fiquei na duvida pois demais açôes do B3 só operações acima de $ 20.000,00
Olá Telmario, excelente ponto. A isenção para vendas mensais até R$ 20 mil só é válida para ações. Portanto, para ETFs, não há essa isenção. Forte abraço.
Excelente artigo Guilherme Qto aos Etfs de renda fixa ,eles são dificeis de negociar? Na minha corretora falaram q só o fazem via mesa de operações. Até a cotação e graficos eu só achei no trading view,
Excelentes opções de diversificação de portfólio. Excelente análise!
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