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Lula quis ter amigos ao seu lado em empresas privadas, diz Tebet

Publicado 29.03.2024, 10:54
Lula quis ter amigos ao seu lado em empresas privadas, diz Tebet
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que as atitudes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que são apontadas por críticos como suposta interferência em indicação nas empresas privadas se deram para que ele pudesse ter “amigos ao seu lado”.

“A partir do momento que o presidente vê na figura de Mantega um parceiro, colocar ao seu lado é um direito. Uma vez vendo que o estatuto da estatal não permite, [ele] parou de insistir. Isso é política. Não vejo problema. Isso é a capacidade de o presidente ver os amigos ao seu lado”, declarou Tebet em entrevista gravada à CNN Brasil. A conversa será exibida no sábado (30.mar.2024), às 18h30.

Lula já tentou emplacar Guido Mantega, que foi seu ministro da Fazenda, para a presidência da mineradora Vale (BVMF:VALE3). O presidente desistiu depois da reação negativa do mercado.

O governo do petista tem tido uma postura forte em relação à participação do governo em grandes empresas, como a Petrobras (BVMF:PETR4) e a Eletrobras (BVMF:ELET3). No caso das privadas, costuma-se utilizar a participação acionária da União como justificativa para seus posicionamentos.

A Vale teve redução da participação do Estado durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). O capital estatal caiu de 26,5% para 8,7% na empresa na gestão. A companhia passou a ser uma “corporation” de controle privado com capital diluído no mercado e sem nenhum investidor com mais de 10% das ações.

LEIA MAIS: Intervir em estatais é fatal para o investimento, diz pesquisador

JUROS & BC

Sobre a política monetária do Banco Central, Tebet afirmou ser favorável à autonomia da autoridade. Apesar disso, declarou que os cortes na Selic (taxa básica de juros) precisam se intensificar.

“Se a taxa de juros continua caindo lentamente, eu continuo tendo uma taxa de juros real mais alta do mundo”, afirmou a ministra.

A expectativa é que o Banco Central corte a Selic até que ela fique em 9% ao ano. Tebet disse que o governo e os indicadores econômicos não justificam um patamar mais alto na alíquota.

“O Banco Central não está analisando os preços dos alimentos apenas. O BC está de olho na política fiscal do governo”, declarou a ministra.

O Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu o juro base de 11,25% ao ano para 10,75% a.a. em 20 de março. Foi a 6ª vez que houve diminuição de 0,50 ponto percentual no indicador.

Entretanto, a autoridade monetária sinalizou que o último corte seguido de meio ponto percentual na taxa básica deverá ser realizado na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 7 e 8 de maio. As quedas podem ser menores ou nem sequer existir nos encontros seguintes.

Juros mais altos tendem a controlar a inflação, ou seja, o aumento de preços em geral. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços não aumentam de forma tão rápida.

POPULARIDADE DO GOVERNO

Questionada sobre a popularidade em queda do governo Lula, Tebet disse que o problema está na forma como a gestão se apresenta à população. “Não estamos sabendo nos comunicar”, declarou.

A pesquisa PoderData realizada de 23 a 25 de março de 2024 mostra que 47% dos brasileiros dizem “aprovar” a gestão atual do petista e 45% declaram “desaprovar”. As taxas empatam na margem de erro do levantamento, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os percentuais oscilaram desfavoravelmente ao presidente dentro da margem de erro do levantamento desde janeiro e retomaram o patamar polarizado registrado no fim de 2023.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 23 a 25 de março de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 202 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

REELEIÇÃO E BOLSONARO

A respeito de ser candidata à Presidência em 2026, Tebet declarou estar “cumprindo” sua “missão”.

A ministra diz ser contra à reeleição no Brasil: “Um dos grandes cânceres e males é não só a reeleição, é como um mandato de 4 anos é um mandato curto. Então, você ganha o 1º ano, no 2º ano você trabalha, o 3º ano você está pensando na eleição. O Brasil não vai para frente dessa forma”.

Tebet declarou que o processo eleitoral de 2022 seria muito mais fácil se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tivesse direito a concorrer em um 2º turno. “Nós não teríamos todo esse processo, nós teríamos uma eleição totalmente diferente, talvez até sem uma tentativa de golpe”, disse.

Tebet concorreu para presidente da República em 2022. Não ganhou, mas ficou em 3º lugar na disputa de 1º turno com 4,16% dos votos.

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