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Novo plano de recuperação judicial da Light é justo e não tem margem de manobra, diz CFO

Publicado 04.03.2024, 09:49
Atualizado 04.03.2024, 09:49
© Reuters. Torres de transmissão de energia elétrica no Pará
30/03/2010
REUTERS/Paulo Santos

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A nova versão do plano de recuperação judicial da Light (BVMF:LIGT3) trouxe aos credores uma proposta justa, consistente e equilibrada e que mantém a sustentabilidade financeira para que a companhia avance nas negociações de renovação da concessão de distribuição, disse o diretor financeiro da empresa, Rodrigo Tostes, em entrevista à Reuters.

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O executivo, que assumiu a posição há pouco mais de duas semanas com a missão de aprovar o novo plano, está otimista com os desafios a serem encarados pela distribuidora de energia que atende cerca de 12 milhões de pessoas em 31 cidades do Rio de Janeiro.

O primeiro passo, segundo ele, é a aprovação do plano de recuperação judicial em assembleia de credores marcada para o dia 21 deste mês. O segundo desafio é chegar a um percentual satisfatório em torno do reajuste tarifário regular da companhia. Já a terceira grande meta é um acordo com o poder concedente para a renovação da concessão da distribuidora, que expira em 2026.

O executivo disse que a empresa trabalha passo a passo para tentar superar um desafio de cada vez, mas sabe que os três compromissos estão conectados.

"Ele (o plano) cria uma companhia saudável e com olhar de longo prazo. Não dá para renovar uma concessão se você estiver com uma empresa doente... Sem a recuperação judicial, a renovação fica comprometida", afirmou Tostes.

Com 11 bilhões de reais em dívidas, a Light entrou em recuperação judicial no ano passado. No mês passado, atualizou o plano com uma proposta "muito melhor" do que a primeira e do que a média dos planos apresentados por outras empresas que também recorreram ao regime, disse o CFO.

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"É um plano melhor, bom, saudável, consistente que tem uma proposta justa aos credores. Ele não promete o que a gente não conseguiria entregar. Não é um plano indecente, nem uma obra de ficção".

A nova oferta prevê a injeção de até 1,5 bilhão de reais em dinheiro novo, conversão de 2,2 bilhões de dívida em ações e o pagamento integral a credores que tem até 30 mil reais a receber em um prazo de no máximo 90 dias.

Sobre a capitalização prevista, o CFO avaliou que é um "gesto de confiança e credibilidade" por parte dos três acionistas de referência da Light, Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira, que deverão ancorar cerca de 1 bilhão de reais no processo.

"Sem esse 1 bilhão (de reais) não tem recuperação e ele é essencial para dar fôlego e saúde para recuperar a companhia, para focar na renovação da concessão e na melhora dos índices da empresa e para continuar os investimentos", afirmou Tostes.

"Nosso plano não tem margem de manobra; é imutável. A melhor proposta é aquela que vai ser paga e honrada. E com esse plano garantimos isso. Não vamos iludir os credores", acrescentou.

Ao comentar sobre a proposta feita por credores debenturistas, que buscam aumentar a 7,5% a taxa de pagamento do saldo restante para quem aceitar converter parte da dívida em ações, o CFO afirmou que a dívida da empresa alcançaria até 9 bilhões de reais em 2030, ante 6 bilhões a 7 bilhões nos parâmetros estipulados no plano apresentado pela Light.

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"A proposta deles não é melhor para os credores; a melhor proposta para o credor é aquela que vai ser paga... IPCA mais 7,5% é inviável e quebra a companhia, ainda mais num cenário de juros baixos", declarou Tostes.

Em paralelo, a Light terá que enfrentar junto ao governo do Rio de Janeiro e a União os desafios na distribuição de energia elétrica impostos pelos problemas de segurança pública no Estado.

Cálculos feitos pela empresa mostram que, para cada 16 clientes, seis não pagam a conta de luz, sendo que em algumas áreas com restrição operacional --onde as equipes da distribuição têm dificuldade de atuar por questões de segurança--, os percentuais de não pagantes superam os 80%.

"Existe furto de energia em outras concessões, sim, mas nosso volume é diferente. Isto está sendo analisado e deve ser contemplado. A gente vai fazer a nossa parte com redução desses percentuais", afirmou o diretor financeiro.

"O plano que a companhia desenhou a credencia a demonstrar sua capacidade financeira ao regulador e, consequentemente, possibilitar a renovação da concessão e a prestação de serviços", finalizou.

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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